quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

MAIS ÁGUA PARA O GRUPO SUZANO

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente acaba de conceder mais oito autorizações para o Grupo Suzano Papel Celulose fazer exploração de recursos hídricos para  os seus plantios de eucalipto, que infelizmente avançam  por todo o Estado de maneira bastante comprometedora. Seis das autorizações são para propriedades do grupo no município de Sítio Novo e as outras duas para Estreito. Até agora em seus aproximadamente 30 anos que está instalado no Maranhão, o grupo Suzano Papel Celulose só tem causado sofrimento aos maranhenses com a desagregação de milhares de famílias das suas posses seculares e sempre contando com o importante apoio do Poder Público, principalmente do executivo  que lhes abriu todo o Estado para a destruição de matas nativas e frutos para dar mais espaços para o insaciável eucalipto.Uma pergunta , diante dos fatos se faz necessária . Qual o benefício social que já foi feito pelo grupo Suzano no Maranhão? Se tivermos como referência a região do Baixo Parnaíba, a mais  antiga e explorada, não hesitaremos em afirmar , que o sofrimento com incremento de desigualdades sociais  têm sido as práticas do grupo Suzano no  território maranhense. Se o problema não é maior é decorrente da luta da Igreja Católica, da Fetaema, do Fórum  Carajás, do Território Livres do Baixo Parnaíba, da Comissão Pastoral da Terra e outras entidades da sociedade civil organizada.
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Um comentário:

  1. Ola amigos do Territorios Livres do Baixo Parnaíba,

    Urbano Santos hoje se vê traída pela Suzano, foi aqui que eles desembarcaram em 1980, geraram empregos sim, mas deixaram um rastro de destruição ambiental: perdemos nosso cerrado, nosso bacuri, pequi, mangaba, mel, jaborandi, fava danta, para os plantios de eucalipto; perdemos nosso equilibrio ecologico, nossa biodiversidade; perdemos a força dos nossos grandes rios e riachos; alteramos nossa paisagem de lindos cerrados para a monotonia das florestas interminaveis de eucalipto; testemunhamos conflitos de terra e vimos o seu preço inflacionar do equivalente a r$8,00 o hectare para r$800,00, inviabilizando o lavrador de adquirir terra para suas gerações futuras; sentimos na pele o calor aumentar e as chuvas diminuirem passando direto para outras regioes do estado; hoje a sede da cidade está inchada e o cenário é desolador nos povoados rurais, acabou a fartura, comunidades inteiras foram simplesmente extintas.

    Hoje a Suzano volta as costas para Urbano Santos e desembarca em Chapadinha esquecendo que deveria ter compromisso social em compensar minha cidade. O protocolo assinado pela prefeita de Chapadinha, o mesmo que foi apresentado para o pref. de urbano santos (que pediu tempo para analisar), é a maior prova do desrespeito da empresa com a regiao: foi elaborado somente por eles, eles nao aceitam alteracoes, e é "só venha a nós, ao vosso reino, nada.", reduz o iss de 5% pra 2%, o ITBI de 1% para 0,5%, e extende isso a todas as empresas terceirizadas.

    Por outro lado não dá garantia de quantos empregos vai gerar, onde, como e nem pra quem. fala que irá priorizar a ~região~ nos empregos, mas não diz o que eles chamam de região (o nordeste do brasil que tem 9 estados e é uma região), e ainda diz que poderá a qualquer momento extinguir os tímidos programas sociais que eles tem nas cidades.

    Minha conclusão/opiniao: o protocolo é um show de arrogancia e prepotencia, justificado pelo poder economico que eles representam e por esse poder, foi imposto aos municipios sem negociacoes... para eles nós, os urbanosantenses, os chapadinhenses, etc... somos uma "cambada de mortos de fome" que eles vieram salvar com seus projetos mirabolantes que só servem para encher os seus bolsos e destruir o meio-ambiente as custas de alguns empregos temporários.

    Desejo boa sorte a Chapadinha, cidade a qual estou a 2 anos aprendendo a gostar, pois lá sou professor.

    Enquanto a Urbano Santos, costumamos dizer: "esse é o pago" pela cidade ter sido a única que aceitou a Suzano entrar em suas terras em 1980 e "comer tudo".

    ass. iran avelar, sociólogo.

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