segunda-feira, 24 de maio de 2010

Reunião com a Suzano


O representante da Suzano acusa as comunidades de Santa Quitéria de serem invasoras, então conclui-se que todas as comunidades que vivem há mais de cem anos no Baixo Parnaiba seriam invasoras desde que não lutem pela terra.Ai vai um relato de pedro Cesar do GtA.
Mayron
A reunião da Comissão de Ética do Fórum Amazônia Sustentável ocorreu, em 11/5, na sede do Gife, em São Paulo.
A pauta constava de um único ponto: a fundamentação da denúncia apresentada pelo GTA contra a Vale e a Suzano.
Coube-me fazer essa argumentação e levar os documentos necessários.
A Vale não enviou representante. Pela Suzano participou Alexandre - Gerente de Projetos da Suzano.
Minha primeira argumentação foi no sentido de perguntar se alguma das entidades integrantes da CE/FAS tinha algum vínculo com as empresas, o que as deixariam em suspeição e sem condições de participar. O representante do Instituto Peabiru informou que executava projetos com recursos do Fundo Vale, mas se achava em condições de participar. Pedi que fosse registrada na ata o meu pedido de suspeição ao instituto.
Em seguida apresentei todas as denúncias em relação a Vale e entreguei uma cópia da sentença proferida pela 1ª Vara do Trabalho de Parauapebas - Justiça do Trabalho da 8ª Região.
Em relação a Suzano procedi da mesma forma, fazendo as denúncias e apresentando cópias das petições oficiais. Reafirmei que a SMDDH tem enfrentado longas batalhas ao lado das comunidades agredidas pela empresa, etc. e que somente ainda permanecem nas terras por resistirem as agressões e ameaças da Suzan o.
O representante da Suzano usou o argumento de que as comunidades eram invasoras. Quando contra-argumentei. O representante da Suzano informou que a funcionária deles, Luciana Batista, tem estado em contato com as comunidades, destacou as conversações com a D. Francisca.
Depois de um bom debate foi apresentada pela Comissão de Ética a seguinte proposta:
- imediata suspensão das atividades da Suzano nas terras pretendidas pelas comunidades. O representante da emrpesa disse que não tinha autorização para assumir esse compromisso.
- sugeriu então a realização imediata de uma reunião entre a empresa, a comunidade, a SMDDH e o GTA no próprio local, sendo a atividade mediada pela Comissão de Ética do FAS. Foi acordada a realização dessa reunião, que ficou de ser organizada pela Comissão de Ética.
Estamos aguardando o encaminhamento.  
A denúncia está devidamente arguida e fundamentada. Inclusive recebemos um ofício do Instituto Envolverde, datado de 20 de maio passado, pedindo o afastamento da Comissão de Ética por terem parcerias com as duas empresas. 
O GTA está dando continuidade à denúncias às duas empresas.
Estamos a disposição dos companheiros.
Abraços,
Pedro Batista

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