segunda-feira, 19 de junho de 2023

mero acaso

Por um mero acaso, ficou sabendo que o compositor popular Joãozinho Ribeiro fundaria uma biblioteca no centro histórico de São Luís. Uma biblioteca não e somente e nem meramente um espaço para guardar e emprestar livros. Ela para desespero das bibliotecárias e um espaço de pegar emprestado e não devolver, um lugar de pesquisa, de simples leituras de conversas de estudos de escrevinhar de passar as horas os dias e de esperar por alguém. Vez ou outra, graças a biblioteca a realidade propriamente dita da lugar a literatura. Saco das Almas, um nome genial segundo um amigo leitor. Saco das Almas ou das Armas, seguindo uma perspectiva histórica de que essa região toda foi palco da balaiada. Se a realidade abre espaço para literatura também abre para a história. História e literatura se aparentam. O seu Claro e um nome genial e foi uma pessoa genial que lutou contra a compra e venda de terras no território quilombola de Saco das Almas. Parte dessas áreas vendidas virou plantio de soja e os sojicultores querem desmatar mais. Por receberem diversas ameaças os quilombolas se reuniram sobre a Chapada sob a proteção dos bacurizeiros para denunciar os desmatamentos. Saco das Almas abarca áreas dos municípios de Brejo e Buriti, baixo Parnaíba maranhense. Por diversas vezes o nome de seu Claro foi mencionado como um mentor dessa luta. Quem sabe ou quem o sabe que seu Claro saiu das páginas de um cordel de um conto de um romance de um ensaio de um poema para se tornar um personagem histórico do movimento quilombola maranhense? Os quilombolas brincavam e cantavam toadas de bois que remetiam a encenações executadas por seus antepassados nessa biblioteca a céu aberto que e o cerrado.

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