O Fórum Amazônia 
Sustentável decidiu aplicar advertência à empresa Suzano Papel e 
Celulose S/A por desrespeitar a sua Carta de Compromisso
A decisão da Comissão Executiva do Fórum
 Amazônia Sustentável foi tomada após inúmeras tentativas de mediar um 
acordo entre a Suzano junto às comunidades do Baixo Parnaíba, no 
Maranhão. A empresa, que se comprometeu em retirar as ações judiciais 
permanentemente no final do ano passado, não cumpriu com seu prometido e
 apenas sinalizou a suspensão por 6 meses no último mês de março.
Mais de 2 mil comunitários estão sendo 
ameaçados a perder o direito de viver em suas comunidades para que a 
empresa Suzano Papel e Celulose possa dar continuidade ao projeto de 
ampliação da monocultura do eucalipto.
“A Suzano ingressou com ações judiciais 
contra as comunidades que resistiram de forma pacífica na preservação do
 seu território, caracterizando-as como invasoras. Por meio do legítimo 
processo de resistência as áreas defendidas pelas comunidades ainda 
encontram-se preservadas, mas correm sérios riscos de se extinguir. A 
conversão do Cerrado já está sendo feita”, ressaltou Rubens Gomes, 
presidente do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), instituição que faz 
parte da Comissão Executiva do Fórum.
A Suzano, que tem empreendimento de 
celulose na região, é acusada de ter deixado de apreciar os 
questionamentos dos comunitários quanto aos impactos sociais e 
ambientais no local, além de não considerar as populações remanescentes 
das populações tradicionais e quilombolas.
O diálogo com a empresa teve início em 
2009 durante o III Encontro Anual do Fórum, quando o GTA entrou com uma 
representação contra a Suzano por descumprimento da Carta de 
Compromisso. No ano seguinte, um representante Comitê de Ética do Fórum 
Amazônia Sustentável foi à região para mediar um diálogo entre a empresa
 e as comunidades atingidas. Na oportunidade a Suzano pactuou 
compromissos que não foram levados à diante, pois não cumpriu em 
absolutamente nada do que foi acordado. Dois anos depois, em 2011, 
durante o V encontro do Fórum, a empresa reafirmou novamente um novo 
acordo com as lideranças comunitárias e com a Comissão Executiva do 
Fórum Amazônia Sustentável, entre eles, o compromisso de retirada 
imediata das ações judiciais, mas, até o momento, a empresa continua sem
 cumprir o prometido.
“A empresa é tão posseira
 como a comunidade. Fazer da área comunitária plantio de eucalipto gera 
um enorme impacto socioambiental com perda da biodiversidade devido a 
conversão de florestas naturais do Cerrado. Não compreendo como que eles
 conseguem a liberação das licenças ambientais”, concluiu Rubens.
www.gta.org.br 
 
 
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