Bem ou mal, o maracujazeiro do Cerrado não se nota de sopetão. Ele se enrama dos pés de um pequizeiro ao seu tronco com letargia. O pequizeiro, numa Chapada, encarna o movimento milimétrico. Cada milímetro de crescimento corresponde a um determinado tempo. Não conseguiria discernir quantos anos aquele pequizeiro levou para alcançar a fase adulta com tanto esplendor sobre a Chapada. De tantos pequizeiros, ele sobreviveu ao evento crucial das ultimas décadas: a troca da vegetação nativa pelas monoculturas. Os Cerrados não existem em uma dimensão paralela e os efeitos da destruição deles se sente e pressente-se todo santo dia ao redor do cenário da destruição. O maracujazeiro faz companhia ao pequizeiro porque outros como este não existem mais num raio de quilômetros
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