O Programa Territórios Livres do Baixo Parnaíba (Comunidades do Baixo Parnaíba e Fórum Carajás)
domingo, 19 de maio de 2024
amos oz
Ao ler os grandes romances de Amoz Oz, escritor israelense do século XX, chega se a conclusão que boa parte do que ele escreveu e dispensável. Dar se ia um conselho para cortar metade de amor e trevas um livro que tem muito de nacionalismo e romantismo. Contudo, deve se ter um respeito tremendo para com o alheio. Não se diga corte porque não és o diretor guiando o escritor pelo livro. Acima do escritor existe alguém? Em um livro, o leitor não é o conselheiro e nem o diretor. O que o leitor e? Tem um outro livro de Amos Oz, Judas, que debate a figura histórica daquele que traiu Jesus Cristo e matou se. Passou pela cabeça a mesma sensação de Amor e Trevas. Cortar a metade. E um romance histórico diferente dos romances de formação do indivíduo burguês. E como romance histórico qualquer história e indispensável. Qualquer história que tenha relação com a história de formação do estado israelense. Judas e um romance histórico mas também um romance filosófico e religioso. Para ver como é difícil lê ló em determinadas passagens. Só que outras passagens superam os deslizes filosóficos como na que Amos Oz cita Gogol, escritor russo do século XIX que escreveu Almas Mortas uma sátira da vida rural russa. A personagem mais interessante de Judas aconselha ao personagem principal que deve ler Tolstoi, romancista romântico e épico, e que não deve ler Gogol, humorista e satírico, Quem já leu os dois escritores russos sabe muito bem porque o personagem fez esse comentário.
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