O Programa Territórios Livres do Baixo Parnaíba (Comunidades do Baixo Parnaíba e Fórum Carajás)
sexta-feira, 16 de julho de 2021
comer bem na praça do Carmo
comer bem na praça do Carmo
De uns tempos para ca, ele passou a investigar o que as pessoas ao seu redor comiam e onde comiam. Quem quiser comer bem ou comer uma comida razoável pelas bandas do centro de São Luis vai penar como um fantasma que não encontra um local para descansar. Porque comer em um restaurante seria importante? Almoçar com os amigos ou almoçar com um cliente ou almoçar sozinho, qualquer dessas ocasiões requer uma exposição física e psicológica, ou seja, precisa sair da clausura doméstica. Em alguns casos, diverte-se almoçando fora, e na maioria do casos, deseja-se ganhar tempo almoçando na rua. Recentemente, uma foto da praça do Carmo na década de 40 (?) apareceu no instagram. A pessoa que postou a foto expos uma serie de aspectos sociais e humanos que animavam a praça como o consumo de caldo de cana e pão com queijo. Até os dias mais recentes, pessoas que viveram esses anos suspiravam de saudades pelo caldo de cana e por outras maravilhas da culinária popular como o quebra queixo. Esse tipo de produto despertava saudades só que esse tipo de produto mais enganava o estomago e mais enganava o cérebro do que realmente alimentava a pessoa. É claro que alimentar a população pobre do Maranhão nunca foi uma preocupação das elites que por séculos governaram o estado. Nem se discutia o que viria a ser comer bem. Para a maioria das pessoas, comia-se o que tinha e caso não tivesse a comida do dia a dia tipo arroz, feijão, carne e farinha se dava um jeito. A zona rural do Maranhão as pessoas pobres viviam dando um jeito ou um jeitinho para não passarem fome. Essa historia de valorizar caldo de cana e pão com queijo vai muito nesse sentido de mascarar os efeitos da falta de acesso a uma comida decente no interior do Maranhão e na capital do estado.
É
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