O Programa Territórios Livres do Baixo Parnaíba (Comunidades do Baixo Parnaíba e Fórum Carajás)
quinta-feira, 3 de dezembro de 2020
Misterio do Samba
Homenageia-se o samba no dia dois de dezembro. Ele escutara um articulista da Globo News tecer loas a Cartola, Noel Rosa e a Paulinho da Viola, do qual era devoto. Por que o samba precisa de um dia de homenagem? O samba, enquanto gênero musical e literário, forma-se a partir da mistura de gêneros musicais, principalmente, o maxixe, no final do século XIX. Por muito tempo, o samba foi um ritmo balizado pelos instrumentos de corda e de sopro e, geralmente, o local de ensaio acontecia no fundo de quintal de residências e terreiros de candomblé por conta do samba ser mal visto, mal falado e perseguido pelo Estado e seu aparato repressivo. O samba não nasceu pronto e nem se sabe ao certo onde, dia e em que condições. O antropólogo Hermano Vianna, em seu livro “O mistério do samba”, argumenta que a consolidação do samba se deu pelos contatos de sambistas com compositores clássicos como Villa Lobos nos anos 30. O samba nasceu de encontros como esse ou esses encontros cumpriram uma etapa de sociabilizar e de tornar palatável o gênero? Os grupos musicais de origem africana, aí incluindo o samba, enfrentavam dificuldades de serem aceitos pelas elites que governavam as cidades. O geografo Luis Eduardo Neves relatou o caso de um grupo maranhense que tocou bumba meu boi, que no caso do Maranhão dialoga com o samba, na surdina em uma chácara construída no antigo Caminho Grande, município de São LUis. O João Paulo, zona rural de São Luis no final do século XIX e começo do século XX, era o máximo que as brincadeiras podiam chegar.
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