Sonhava com uma rua. Queria nomea-la delicadamente. A sua mente vinha nomes de gente que morrera sem dizer e nem dar adeus. A rua do sol passava pela mente em versos cuja origem ele debatia. O som que ouvia batia longe. Perguntava quem executava o som e perguntava quem era o dono da casa. A casa onde nascera Aluizio de Azevedo e seu irmão Artur. A casa onde Aluizio terminara O Mulato. Sabia o nome da rua mas não sabia o nome do dono da casa. O nome da rua não era o seu e nem do seu vizinho. A rua apenas subia e eles subindo para se sentarem em algum bar bom de sentar. A conversa dizia e a cachaça se engolia. Nem se perguntavam de quem era a rua e quem executava o som da sua fúria esquecida
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