O lavrador Francisco das Chagas Ferreira dos Santos foi uma das vítimas da truculência de um politico latifundiário de Codó.
Os conflitos agrários no município de
Codó, sempre foram causados pela omissão da Superintendência do INCRA e o
favorecimento de instituições governamentais que protegem interesses de
latifundiários, políticos e grileiros. A única resistência para os
sérios e graves problemas é a Igreja Católica, principalmente pela
presença constante da Diocese de Coroatá e do bispo Dom Sebastião
Bandeira. A audácia é de tal proporção, que além de destruírem roças,
casas e atearam fogo em uma Igreja Católica, ameaçam de morte vários
padres.
Os interesses dos latifundiários são
liderados pelo deputado César Pires, o prefeito Zito Rolim, o
ex-prefeito Biné Figueiredo e o ex-deputado Camilo Figueiredo, hoje
integrante da equipe de assessores do governador Flavio Dino. Uma das
mais recentes denúncias veio do Sindicato dos Trabalhadores e
Trabalhadoras na Agricultura Familiar – SINTRAF, vindas da Associação
Comunitária dos Agricultores e Agricultoras Familiares do Povoado
Amparo, do município de Codó.
Jagunços atacam com armas de fogo
As famílias de posseiros do Povoado
Amparo, registram que no local existe um proprietário de terras
conhecido como Moisezinho, que utilizava o elemento RaimunoLió e outros
jagunços para intimidar as famílias com ameaças com vistas a fazê-las
abandonar as suas posses seculares. A princípio destruíam roças, matavam
pequenos animais e utilizavam ameaças verbais, mas agora estão andando
armados e constantemente fazem disparos em direção as casas de
trabalhadores e trabalhadoras rurais. Muitos jovens estão deixando de ir
para a escola, em razão de jagunços fazerem detonações de espingardas
contra eles. As lideranças comunitárias denunciaram que a família do
Moisezinho Reis estão extraindo ilegalmente madeira, como angelim, ipê
roxo, aroeira, sapucaia e outras tipos, que são transportados em
caminhões, destruindo uma importante reserva virgem.
O mais greve é que as ameaças passaram a
ser dirigidas para pessoas idosas e crianças. A senhora Macionília
Conceição, que nasceu na comunidade é hoje tem 96 anos de idade, diz que
mediante falsas promessas a família Reis, conseguiu retirar muita
gente, mas ela e os seus descendentes vão resistir e se for preciso dar a
vida, eles darão. A área questionada é de 1.616 hectares e já há pedido
de desapropriação no INCRA
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