segunda-feira, 8 de junho de 2015

Conflitos agrários podem entrar em confronto sangrento em Codó


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O lavrador Francisco das Chagas Ferreira dos Santos foi uma das vítimas da truculência de um politico latifundiário de Codó.
Os conflitos agrários no município de Codó, sempre foram causados pela omissão da Superintendência do INCRA e o favorecimento de instituições governamentais que protegem interesses de latifundiários, políticos e grileiros. A única resistência para os sérios e graves problemas é a Igreja Católica, principalmente pela presença constante da Diocese de Coroatá e do bispo Dom Sebastião Bandeira. A audácia é de tal proporção, que além de destruírem roças, casas e atearam fogo em uma Igreja Católica, ameaçam de morte vários padres.
Os interesses dos latifundiários são liderados pelo deputado César Pires, o prefeito Zito Rolim, o ex-prefeito Biné Figueiredo e o ex-deputado Camilo Figueiredo, hoje integrante da equipe de assessores do governador Flavio Dino. Uma das mais recentes denúncias veio do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar – SINTRAF, vindas da Associação Comunitária dos Agricultores e Agricultoras Familiares do Povoado Amparo, do município de Codó.
Jagunços atacam com armas de fogo
As famílias de posseiros do Povoado Amparo, registram que no local existe um proprietário de terras conhecido como Moisezinho, que utilizava o elemento RaimunoLió e outros jagunços para intimidar as famílias com ameaças com vistas a fazê-las abandonar as suas posses seculares. A princípio destruíam roças, matavam pequenos animais e utilizavam ameaças verbais, mas agora estão andando armados e constantemente fazem disparos em direção as casas de trabalhadores e trabalhadoras rurais. Muitos jovens estão deixando de ir para a escola, em razão de jagunços fazerem detonações de espingardas contra eles. As lideranças comunitárias denunciaram que a família do Moisezinho Reis estão extraindo ilegalmente madeira, como angelim, ipê roxo, aroeira, sapucaia e outras tipos, que são transportados em caminhões, destruindo uma importante reserva virgem.
O mais greve é que as ameaças passaram a ser dirigidas para pessoas idosas e crianças. A senhora Macionília Conceição, que nasceu na comunidade é hoje tem 96 anos de idade, diz que mediante falsas promessas a família Reis, conseguiu retirar muita gente, mas ela e os seus descendentes vão resistir e se for preciso dar a vida, eles darão. A área questionada é de 1.616 hectares e já há pedido de desapropriação no INCRA

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