sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A suzano e o governo do maranhão riem a custa do baixo parnaiba

do que estavam rindo os representantes da Suzano e do governo do estado na assinatura do protoclo de intenções para a construção de uma fábrica de pellots em chapadinha? A Suzano pretende fabricar madeiras em formato diminuto a fim de exportar para europa onded virará energia térmica subsituindo o carvão mineral. é claro que esses pellots virão dos eucaliptos que serão plantados no lugar da mata nativa do Cerrado no baixo parnaiba. pode ser que eles estejam rindo porque ganharão muito dinheiro e as comunidades viverão na miséria. mas talves estejam rindo porque tanto o pessoal da suzano como o pessoal do governo do estado representam os mesmos interesses em detrimento aos interesses das comunidades: os interesses dos fundos e dos bancos de investimentos. O próprio secretário de Indústria e Comércio é conhecido dos seus tempos de alumar e de investidas sobre as comunidades do interior da ilha de são luis.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Caderno sobre Agrocombustíveis



Veja em primeira mão o caderno Agricultura Familiar, Agroecologia e Agrocombustíveis, feito pela Comissão de Agroenergia da Articulação Nacional de Agroecologia - ANA.

Encontro de Diálogos e Convergências


O espaço geográfico antes de qualquer coisa, está lá. O território seria então o espaço geográfico objetivado pela ação economico-social do homem. Sim, o homem veio após a constituição do espaço fisico e do espaço ambiental. Parece uma coisa meio óbvia e no entanto a discussão sobre território muitas vezes suprime o que antecede. O que veio antes liga a coletividade a um começo hipotético. Hipotético porque como comprovar que o espaço geográfico e o espaço ambiental vieram antes se nem um e nem outro discursam sobre si. O discurso é uma primazia da humanidade e como tal possibilita que ela molde o espaço ao seu bel prazer.
Quem detem a primazia do discurso na sociedade humana são os detentores do meio de comunicação de massa como qualquer indivíduo sabe de cor e salteado. Quer dizer, nem todos sabem porque a linguagem não se resume a uma cor, a uma etnia e a um discurso. Alguns querem que seja assim. Alguns esperam que o mundo seja sempre assim.
A sociedade capitalista moderna sacou que esse mundo que arrodeia a todos transforma-se pela intervenção humana na natureza sem que exatamente essa intervenção reproduza a natureza. A grande utopia humana não é que as mazelas sociais sejam dizimadas e sim que a natureza se renda aos propósitos desumanos de quem rege a economia e a politica mundiais.
Na manhã do dia 27 de setembro de 2011, na cidade de Salvador, as experiências territoriais de resistência aos monocultivos, a mineração e as grandes obras de infra-estrutura no biomas brasileiros se despojaram em três grandes exemplos: chapada do apodi, norte de minas e serra catarinense. O despojamento das experiẽncias em curso reelabora a caminhada que as comunidades tradicionais travaram por séculos na sua convivẽncia com o espaço geográfico e espaço ambiental antes dele virar território devassado pela economia e pelo social.
O capital promove uma grande investida sobre as comunidades tradicionais e seus espaços geográficos e ambientais e nessa investida o capital logra ẽxito como nunca porque como está escrito acima esses espaços pouco dialogam por si e entre si. Poderia se escrever que dialogar é preciso, contudo sem um recomeço e sem uma reentrada de diálogos devolvidos e desperdiçados pelo economês e pelo socialês nesses espaços tudo ficará como antes no quartel de abrantes. Alguns querem que o mundo continue assim: em um intenso diálogo de técnicos e sobre técnicos que minutos mais tarde ninguém se recordará e que no dia seguinte alguém tocará no assunto para logo depois se esquecer novamente.
Por: Mayron Régis
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Seminário de Parteiras Tradicionais do Baixo Parnaíba


ASSOCIAÇÃO DE PARTEIRAS TRADICIONAIS (APT)
DE SÃO BENEDITO, URBANOS SANTOS E BELAGUA


Urbano Santos, 27 de setembro de 2011


 
         CONVITE



Nos parteiras tradicionais dos três municípios acima mencionados, temos o prazer, ao convidar Você e sua entidade para participar do nosso seminário de formação e articulação. 


Para essa atividade, estamos contando com a presença de parteiras de Barreirinhas, Paulino Neves, Tutoia, Brejo, Buriti, Chapadinha, Mata Roma e Anapurus. No seminário, iremos refletir o tema: organização popular, parto domiciliar, saúde pública, saúde da mulher; e para a continuidade da nossa bandeira de luta escolhemos como lema: em busca do nosso reconhecimento profissional. 



O nosso evento será realizado no centro paroquial de Urbano Santos. No período de 14 – 16 de outubro de 2011. A tarde do dia 14 teremos a alegria de acolher todos os nossos participantes e convidados (as). Após a janta, haverá a abertura do seminário. Dia 15 será dedicado ao estudo e ao debate das temáticas e definição dos encaminhamentos. Dia 16, continuidade dos trabalhos e encerramento do seminário com o almoço.


 
Ao lhe fazer esse convite, o nosso coração começa pulsar de alegria, pela certeza da sua presença. A todas e a todos, o nosso carinho e abraço.
 
 
 

 
    Pela coordenação


 Inácia de São Benedito   -   Leila de Urbano Santos   -   Marie e Vale de Barreirinhas

Inaciamarques52@hotmail.com -     87 28 64 76            -   91 38 21 18  -   99 01 48 13 
87 38 53 45

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Imagens do Encontro de Diálogo e Convergências




 Imagem 01: Bunner do Encontro



 Imagem 02: representantes maranhenses no Encontro Fábio Pacheco(Tijupá/Rama/ANA), Ermelinda (Consea-MA/FSAN), Mayron Régis(Fórum Carajás/Rama/ANA/RBJA)



Imagem 03: Representantes da Associação de Galiléia/Cidelândia/MA durante plenária



Imagem 04: Mesa de abertura formado por diversas redes, fóruns e articulações


Imagem 05: Vista de mística entre os participantes





Por: Edmilson Pinheiro, de Salvador para o Blog
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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

AGRONEGÓCIO DO EUCALIPTO PODERÁ MATAR FAMÍLIAS NO MARANHÃO


A Fetaema e a Contag realizaram reunião com mais de 50 assalariados e assalariadas  e dirigentes sindicais para conhecer e avaliar a realidade das denuncias de trabalhadores e trabalhadoras rurais que prestam serviços ao agronegócio na produção de celulose no Maranhão. Para Chico Miguel, Secretário de Assalariados Rurais, a problemática é séria e grave, e já merece um posicionamento determinado da Fetaema. As principais denúncias residem nos seguintes aspectos: aumento do numero de trabalho informal; Desmatamento em larga escala; Estradas danificadas devido ao trafego de carretas das empresas do agronegócio; Projetos de assentamentos usando terras para plantação de eucalipto; Ausência de equipamentos para trabalhadores; Promessas de emprego não honradas; Intoxicação de empregados e crianças com a elevada utilização de agrotóxicos;  Falta de alimentação e em muitos casos deteriorados servidos a homens  e mulheres assalariadas; Poluição de mananciais de uso doméstico de  comunidades. Devastação da mata nativa (bacuris, pequis, buritis, juçaras,  e outras arvores nativas) para o plantio do eucalipto.
O presidente da Fetaema, Chico Sales qualifica as denuncias como sérias e muito graves e que precisam de providencias imediatas, diante dos riscos a que estão expostos milhares de vida pelo agronegócio do eucalipto, bastante respaldado pelo governo do Estado. Para o assessor da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais – Contag, Carlos Eduardo Chaves, o problema existente no Maranhão precisa ser denunciado nacionalmente e que imediatamente devem se chegar ao conhecimento da Delegacia Regional do Trabalho, dos Ministérios Públicos do Trabalho, Federal e Estadual, da Câmara Federal, Assembléia Legislativa do Estado e que  seja convocada a sociedade civil organizada para enfrentar as práticas criminosas do agronegócio contra pessoas e o meio ambiente. A final de contas são milhares de vidas que podem ser exterminadas criminosamente, concluiu o assessor da Contag.
aldir dantas

sábado, 24 de setembro de 2011

O Baixo Parnaiba e a "totalidade de fora"


Até uns anos atrás, a literatura sobre o Baixo Parnaiba maranhense se restringia a algumas matérias sobre a expansão do agronegócio da soja sobre as áreas de Cerrado da região. As matérias jornalísticas deixavam tudo para trás em busca de uma totalidade como nessa afirmação recorrente: “a última fronteira agrícola”.
Parece que as elites veem o Brasil fadado a ser uma fronteira em eterna expansão com fins econômicos e militares. Ela dificilmente descansa, pois o seu formato se redesenhou e redesenha-se tantas vezes nos últimos anos tanto com relação a rapidez de incorporação de novas áreas como do afastamento de atores sociais de perto dela. “A totalidade é uma mentira”, fuzila o filosofo alemão Theodor Adorno. O capitalismo detesta questões de fundo. Ele se realiza na superfície.
                A maior parte da informação sobre o Baixo Parnaiba maranhense se originava do jornalismo e com o firme propósito de destacar ao leitor, nem tanto dos municípios maranhenses e mais leitores de outros estados, a totalidade de um processo econômico e social que recodificava e recodifica com imenso poder de dispersão as opções dispostas na mesa da sociedade para produção de riquezas, de alimentos e de subjetividades. O jornalismo em suas apostasias e em suas apologias fez crer nessa recodificação que se contrapunha e se contrapõe ao interior em questão prol de uma “totalidade de fora”.
                O que se vê, pela ótica do jornalismo, é um interior adormecido. As referências que permitiam qualquer um entrar no interior e sair dele como se fosse sua casa foram deliberadamente detonadas. Quem se dirigiria a um lugar apenas para descansar ou para recordar passagens antigas da sua vida e da vida de seus familiares? Os que fazem isso incentivam os de dentro a perseverar  nas mesmas práticas dos seus antepassados e que lá fora caíram em desuso. Os políticos propendem mais facilmente a aceitarem esse tipo de discurso e como tal assumem a prerrogativa de trazer os projetos que ponteiem recodificações para uma “vida sem sentido” no interior.
                Segundo Gilvan, ex-vereador do município de São Bernardo e dirigente da Cáritas regional, as atividades das empresas de manejo florestal e de reflorestamento que principiaram a partir de meados dos anos 70 nas áreas de Chapada de várias comunidades de São Bernardo como Baixa Grande, São Benedito e Alto Bonito, por bem ou por mal, esquivaram-se das áreas da comunidade de Enxu, acomodando-as para um futuro não muito distante. A Suzano acomodou a situação na comunidade de Enxu pensando na resistência que as outras comunidades ofereceram a empresas como Margusa e Marflora. A Chapada do Enxu estronda em mais de cinco mil hectares de Cerrado.
                Entretanto, a Suzano depois de anos de espera volta a cena e pretende desmatar a Chapada do Enxu e plantar seus eucaliptos. As comunidades de São Benedito e de Alto Bonito pediram ao Incra que vistorie pois empresários do ramo da soja ou já compraram áreas onde a comunidade roça ou planejam comprar. A possibilidade da Suzano e dos empresários da soja concretizarem seus projetos está relacionada com a capacidade das comunidades resistirem. Elas resistiram por décadas. Essa é mais uma etapa.
Mayron Régis

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Monocultivos de árvores não são florestas e causam graves problemas ambientais

 

Organizações de todo mundo alertam neste 21 de setembro, Dia Internacional de Luta contra os Monocultivos de Árvores, sobre a fome, a miséria, a erosão do solo, os conflitos territoriais, a poluição ambiental, a contaminação por agrotóxicos

O ponto principal do debate mundial em 2011 – declarado pelas Nações Unidas como Ano Internacional dos Bosques – é a definição de “floresta”. A proposital confusão entre floresta e monocultivo florestal gera em toda a sociedade certa simpatia pelo plantio de árvores e mascara os problemas causados pelos monocultivos.

Para citar apenas uma diferença, nas florestas há ampla variedade de espécies animais e vegetais, incluindo-se aí os seres humanos, que pela interação com os elementos – água, solo e entre si – podem conservar o ambiente. A variedade simplesmente não existe nos monocultivos empresariais e neles, os homens – especialmente as comunidades tradicionais – estão obrigatoriamente excluídos.


A definição utilizada hoje pela FAO e iniciativas da ONU, como a Convenção Marco sobre a Mudança Climática, bem como inúmeros governos nacionais em suas negociações, programas e políticas colabora para a ampliação desses monocultivos. As modificações no Código Florestal Brasileiro, que agora tramitam no Senado, são um exemplo prático e próximo da importância deste debate.


No Espírito Santo a experiência da Fase é de resistência à expansão dos monocultivos de eucalipto pelo estímulo ao protagonismo das comunidades tradicionais. No norte do estado, indígenas e quilombolas já conseguiram reconquistar áreas antes ocupadas pelo plantio homogêneo de árvores, mas precisam seguir na luta. Para se ter uma ideia dos problemas enfrentados na região, há alertas de grave insegurança alimentar que ameaçam famílias de 39 comunidades quilombolas porque seus territórios ancestrais (não demarcados) foram devastados pelos monocultivos. Hoje as famílias começam a se organizar e reunir conhecimentos tradicionais para recuperar áreas devastadas da Mata Atlântica e também para garantir a produção de alimentos saudáveis com a transição agroecológica.
O Dia Internacional de Luta contra Monocultivos de Árvores é organizado pelo Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais (WRM, na sigla em inglês) e na América Latina pela Rede Latino Americana contra o Cultivo de Árvores. A Fase Espírito Santo e a Rede Alerta Contra o Deserto Verde, da qual a Fase faz parte, planejam uma caravana com o Cineclube Deserto Verde que vai percorrer pontos de expansão do eucalipto no norte/noroeste do Estado do Rio de Janeiro e também no vale do Paraíba. A data da caravana e o trajeto ainda não estão fechados, mas devem acontecer na primeira semana de outubro, dando continuidade às atividades internacionais.


O Ministério do Meio Ambiente estima que mais de 6 milhões de hectares no Brasil são ocupados hoje com árvores como pinus, eucalipto e acásia. As plantações abastecem, principalmente, a indústria de papel celulose e a siderurgia. Os planos de expansão assustam: chegaria a 12 milhões de hectares até 2020, especialmente na Bahia, Maranhão e Mato Grosso do Sul. Também no Rio de Janeiro a secretaria do Meio Ambiente já anunciou uma imensa expansão: mais 1,5 milhão de hectares para “neutralizar” a emissão de gases dos megaeventos esportivos.

Por: Fase
www.ecoagencia.com.br

Encontro Nacional de Diálogos e Convergências começa dia 26 em Salvador, Bahia

Edmilson Pinheiro e Mayron Régis estarão representando o Fórum Carajás neste diálogo nacional de convergências. O Maranhão ainda estara representado pela Tijupá (Fabio Pacheco) e Ermelinda (FSAN).

Um espaço para unir experiências em defesa de um modelo soberano e justo para a vida no planeta

Agroecologia, saúde e Justiça Ambiental, Soberania Alimentar, Economia Solidária e Feminismo. Como estes temas estão relacionados? Que iniciativas há nestas áreas? Quais são os nossos desafios na construção e defesa de um outro modelo de desenvolvimento? E o que temos a nosso favor neste processo? São estas e outras questões que o Encontro Nacional de Diálogos e Convergências: agroecologia, saúde e justiça ambiental, soberania alimentar e economia solidária quer ajudar a responder. O encontro será realizado de 26 a 29 de setembro, em Salvador, na Bahia, e reunirá cerca de 300 participantes entre trabalhadores do campo e da cidade, movimentos sociais, pesquisadores, estudantes e diversas outras organizações que estão diretamente relacionadas aos temas acima e trabalham para promover estes direitos.

As palavras diálogos e convergências têm um significado bastante importante para a ideia do encontro. É um encontro de diálogos porque pretende ser um espaço para a troca de idéias, conhecimento de experiências, intercâmbio de informações de forma democrática e transparente. E é também de convergências porque quer estimular que experiências e pensamentos que levem a construção de um modelo de desenvolvimento justo com o meio ambiente e os seres humanos se encontrem e unam forças para enfrentar a forma predatória e exploratória em curso hoje. E, além disso, apontem, coletivamente, caminhos concretos de práticas diferenciadas.

Partindo de experiências concretas

Como forma de amadurecer a idéia e começar a preparação para o Encontro Nacional, já foram realizadas três etapas regionais. Estas etapas foram chamadas de Oficinas Territoriais de Diálogos e Convergências e os “endereços” onde elas aconteceram foram escolhidos por serem bastante significativos do ponto de vista da resistência e da proposição de outra forma de fazer agricultura e de enxergar a relação dos homens e mulheres com o meio ambiente.

As oficinas foram realizadas no Pólo de Borborema, na Paraíba, no Planalto Serrano da Serra Catarinense, no município de Lages, e no Norte de Minas Gerais, na região de Montezuma. A ideia é que estes três exemplos sirvam de ponto de partida para o Encontro, no qual também haverá a exposição de outras experiências.

Mais temas relacionados

Na programação do evento haverá espaço para debate também de outros temas que são considerados fundamentais para que consigamos avançar neste outro modelo de desenvolvimento que estamos propondo e praticando. Serão espaços de diálogo sobre a comunicação e a auto-organização das mulheres na perspectiva da igualdade de gênero,, que, de alguma forma, perpassam todos os outros temas que dá nome ao encontro.

Quem está organizando

Fazem parte da comissão organizadora do Encontro a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), o Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES), a Rede Brasileira de Justiça Ambiental (RBJA), a Rede Alerta contra o Deserto Verde (RADV), a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), a Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), o Fórum Brasileiro de Soberania e de Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN), a Marcha Mundial de Mulheres (MMM) e a Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB).

Quem pode participar

A comissão organizadora quer garantir a participação de iniciativas e movimentos sociais de todas as regiões do Brasil, da forma mais representativa possível, com a indicação de que haja o mesmo número de mulheres e de homens. Cada movimento social e entidade elegeu os seus representantes para participar do encontro com o cuidado especial de documentar e difundidir o mais rápido possível as informações.

IV Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Maranhão – IV CESAN



PROGRAMAÇÃO


Dia 21 de Setembro



Horário Atividade

08:00 - 17:00 Credenciamento

15 h Leitura e Aprovação do Regulamento da IV Conferência Estadual de Segurança Alimentar do Maranhão

16h Abertura Oficial

17h30m Conferencia de Abertura: Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Eixo 3)

Conferencista: Onaur Ruano – Secretário-Executivo da Caisan

18h00m Debate

19h Jantar



Dia 22 de Setembro



Horário Atividade

08h – 12h Continuação do Credenciamento

08h30m Mesa Redonda (Eixo: 2)

Coordenador: Miercio (Consea – MA)

1. — Segurança Alimentar e Nutricional e Direito Humano à Alimentação Adequada: histórico, conceitos e importância

Apresentação: Sonia Lucena – Consea Nacional

2. — Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional

Apresentação: Onaur Ruano – Secretário-Executivo da Caisan

09h30m Debate



10h30m Mesa de Debate (Eixo 1) – Avanços, Desafios e Perspectivas da Segurança Alimentar e Nutricional no Maranhão

Coodenador: Dulce Aranha – CONSEA - MA

Debatedor: José de Ribamar Araújo – CONSEA Nacional e Estadual

Apresentadores: Programa Nacional de Alimentação Escolar

Política de Assistência Técnica e Extensão Rural

Povos e Comunidades Tradicionais

11h50m Debate

12h30m Almoço

14h30m Orientação para os trabalhos dos Grupos

15h Trabalho dos Grupos

18h Plenária para discussão e aprovação da Composição do CONSEA do Estado do Maranhão

20h Jantar — Noite Cultural



Dia 23 de Setembro



Horário Atividade

08h30m Apresentação e Aprovação das Propostas dos Grupos

11h30m Eleição dos Delegados e das Delegadas para a IV CNSAN

12h30m Almoço

14h Aprovação da Carta Política da IV Conferência Estadual de Segurança Alimentar

15h Apresentação dos Delegados Eleitos

15h20m Encerramento da IV Conferencia Estadual de Segurança Alimentar

http://www.consea.ma.gov.br/

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Lançamento de Livro que narra a luta dos ambientalistas da APA dos Morros Garapenses

Lançado, no dia 15 de setembro, em Brasília o livro “Assim na Terra como nos Céus”, no VI Encontro da Rede Evangélica Nacional de Ação Social- RENAS, que descreve no capitulo “Pequenas Sementes , Grandes Ações " , os trabalhos dos ambientalista da ABAMA e da APA dos Morros Garapenses.



Organizado por Gínia Bontempo, doutora em Meio Ambiente, o livro ”Assim na Terra como nos Céus", é uma seleção de histórias em defesas do Meio Ambiente feitos por cristãos brasileiros nas cinco regiões do Brasil. A ex-Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que prefaciou o livro, disse: " As experiências descritas são a expressão de uma compreensão nova e instigante no meio cristão. Mais que uma abordagem teórica, essas práticas são atitudes efetivas em "dar frutos". Um tipo de oração em que as palavras dão lugar a um conjunto de gestos".

Esteve presente no lançamento, o Presidente da ABAMA, Francisco Carlos Machado, juntamente com os ambientalistas Josué Hanks e Agostinha Pereira. Para Francisco Carlos “o livro, por ter sido publicado por uma das maiores editoras do país, a Ultimato, levará milhares de pessoas a conhecer o trabalho bonito e cheio de sucesso dos ambientalista da APA dos Morros Garapenses, sendo fonte de inspiração para todos que querem fazer alguma coisa pela natureza em todos os rincões do Brasil”.

Sem dúvida uma bela história de sucesso que todos os brasileiros devem ler e apoiar, mas principalmente, os cidadãos dos quatro municípios (Afonso Cunha, Buriti, Coelho Neto e Duque Bacelar) formadores da APA dos Morros Garapenses.
 
Por: Correio Buritiense
http://www.cburitiense.com/

domingo, 18 de setembro de 2011

Estímulo à produção de caranguejo

Praticamente 100% da produção de caranguejo do município de Araioses é comercializada in natura pelos catadores para fornecedores de outros estados – o Ceará é o principal comprador. Com o objetivo de agregar mais valor à atividade, melhorar as técnicas de manejo e cata, desenvolver a cadeia produtiva e aumentar a renda dos catadores e suas famílias, o que ajudará a aquecer a economia do município, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) retomou um antigo trabalho na região e já deu início à capacitações por meio de cursos de beneficiamento da carne do caranguejo.




Recentemente, durante o I Festival do Caranguejo em Araioses, técnicos e orientadores do Sebrae estiveram presentes ao evento, ministrando curso de 20 horas para três turmas que reuniram 63 pessoas. Para Nazaré Aguiar, que atua na área de gastronomia e turismo no município, o momento serviu para aprimorar seus conhecimentos. “A gente sempre aprende um pouco mais. Por isso participo de cursos, principalmente quando o objetivo é ajudar a desenvolver a economia da minha região”, afirmou.


Cadeia produtiva - De acordo com o gerente da Unidade de Negócios do Sebrae em Barreirinhas, Luís Walter Muniz, o principal foco do trabalho de beneficiamento da carne do caranguejo é o desenvolvimento da cadeia produtiva em torno da atividade, que envolve diretamente oito povoados – Carnaubeiras, Bolacha, Barreirinhas, Pedrinhas, Morro do Meio, Caiçara da Praia, Torto e Canárias.

“Hoje, os catadores da região comercializam a unidade do caranguejo a 0,25 e a corda a R$ 2,50. Com o beneficiamento da carne, as comunidades só terão a ganhar: o produto passa a ter valor agregado, podendo ser vendido a um preço maior e mais justo. Além disso, muito mais pessoas estarão envolvidas com a atividade. É visando à estruturação dessa cadeia produtiva que o Sebrae está focado e busca fortalecer a parceria com a Prefeitura Municipal de Araioses”, destaca Luís Walter Muniz.


O município, que tem vocação econômica pautada na agricultura extensiva, pesca e turismo em seus mais de 100 povoados, tem cerca de cinco mil catadores, sendo o primeiro produtor de caranguejo do Brasil e o segundo do mundo. De acordo com o Ibama, anualmente saem de Araioses mais de 100 mil cordas de caranguejo uçá e pantanal – principais espécies encontradas na região.

Caranguejo vira tema de festival


Na primeira edição do Festival do Caranguejo em Araioses, o Sebrae também esteve presente efetivando atendimentos individuais e orientações a empresários e candidatos a empresários, assim como formalizando os Empreendedores Individuais.

“Como fator de atração do turista, o Sebrae acredita que o festival será um marco para a valorização da cidade e das potencialidades turísticas do lugar. Cerca de 80% do Delta do Parnaíba [Delta das Américas] fica em território maranhense e não piauiense. Araioses concentra quase a totalidade desse índice, sendo o portal de entrada do Delta. Isso precisa ser explorado pela via do turismo e estamos prontos a ajudar, pois percebemos que existe o interesse do poder municipal em trabalhar os arranjos produtivos da região”, destaca o diretor técnico do Sebrae, José Morais.


O diretor ressalta que a ideia de criar e consolidar um evento anual no município, com o objetivo de dar visibilidade às potencialidades turísticas do lugar, foi proposta pelo Sebrae à prefeita Luciana Trinta. A gestora municipal reuniu sua equipe, estruturou o Festival do Caranguejo e já pensa na segunda edição. “Gerar mais emprego e renda, além de mais dignidade aos catadores e suas famílias, é a nossa meta. Tenho certeza de que, ao visar ao bem-estar da nossa gente, esse evento já nasceu apontado para o sucesso”, destacou a prefeita
 
Por: Imirante
http://imirante.globo.com/

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE MULTIPLICADORES EM JUSTIÇA CLIMÁTICA AMAZÔNIA ORIENTAL



Belém, 22 e 23 de Setembro de 2011

- EMENTA –



O Programa de Formação de Multiplicadores/as em Justiça Climática é uma contribuição da FASE voltada à qualificação de lideranças populares da Amazônia, em parceria com o Fórum da Amazônia Oriental e o Grupo da Carta de Belém. Essa iniciativa pretende contribuir na reflexão sobre as mudanças climáticas e as necessárias mudanças estruturais no modelo desenvolvimento do nosso país, baseadas na valorização da diversidade regional e cultural, na preservação ambiental, na garantia dos direitos humanos e no fortalecimento de instituições democráticas.




Objetivos:

- Ampliar e fortalecer uma visão crítica às saídas de mercado para a crise climática, como em mitigação (redução das emissões de gases de efeitos estufa - GEE) e adaptação (redução dos impactos das mudanças climáticas), a nível nacional e internacional, ou seja, nas políticas públicas e nas negociações internacionais sobre mudanças climáticas. Esta perspectiva tem sido expressa no Brasil pelo Grupo da Carta de Belém;

- Fortalecer e produzir subsídios para o processo de preparação da VI Conferência do Fórum da Amazônia Oriental (FAOR), a ser realizado em 2012, cujo tema será mudanças climáticas;

- Compartilhar informações sobre o tema e formar lideranças com vista na multiplicação e incidência em políticas públicas relacionadas às mudanças climáticas.

- Propiciar a articulação entre os movimentos sociais rurais e urbanos e fortalecer as Redes e Fóruns existentes.



Público:

40 lideranças do movimento popular urbano, de mulheres, de jovens, de pastorais sociais, de pescadores, de quilombolas, de sindicatos de trabalhadores e trabalhadoras rurais, da Via Campesina, de organizações extrativistas, indígenas e de ONGs, dos estados do Pará, Amapá, Maranhão, Tocantins e Mato-Grosso.





Metodologia:

Este proposta pretende ser um processo de formação de lideranças na região, não se esgotando neste primeiro curso. Os conceitos e teorias relativas às mudanças climáticas serão apresentados através de exposições, sempre seguidas de debate com as/os participantes. Também serão utilizados recursos multimídia, dinâmicas e trabalhos em grupo para melhor integração das/os participantes e melhor apreensão do conteúdo.

Como pressupostos metodológicos básicos das ações de formação, a FASE adota como principio o fato de que todas as pessoas acumulam um determinado saber que deverá se articular com as vivências e os saberes das outras pessoas, a prática do trabalho coletivo, o estímulo à participação e ao diálogo, o confronto das idéias e o desenvolvimento da criatividade individual e coletiva.



Ementa:

1. Conceitos gerais sobre mudanças climáticas e aquecimento global: causas estruturais e impactos no mundo;

2. Processo de construção da Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), sua implementação nas Conferencias das Partes (COPs) e atores e campos políticos a nível nacional e internacional;

3. Falsas soluções (mercado de carbono, agrocombustíveis, monoculturas de árvores, hidrelétricas, nuclear, etc.);

4. Injustiças climáticas e ambientais: impactos no território e contradições do modelo;

5. REDD+: proposta oficial, como está na Amazônia Legal, projetos em curso, desafios e problemas;

6. Novos temas e conexão com a mudança do marco regulatório nacional sobre meio ambiente: novo Código Florestal, projetos de lei REDD+ e lei de pagamento de serviços ambientais (PSA), TEEB (Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade).

IX Reunião Ordinária da Comissão Nacional do Programa Cerrado Sustentável (CONACER)

O Fórum Carajás estara representado nesta reunião pelo sr. Mayron Regis(jornalista)

Brasília(DF), 15/09/2011

9h00 Apresentação e discussão sobre SNUC (DAP/MMA)

9h40 Apresentação e discussão sobre os processos de criação de Unidades de Conservação no Cerrado

10h30 Apresentação e discussão sobre regularização fundiária nas UCs no Cerrado

11h10 Apresentação e discussãosobre Sistema de Gestão de Unidades de Conservação no Tocantins

11h40 Apresentação e discussão sobre Fundo Clima

14h00 Apresentação e discussão sobre o Sistema de Monitoramento do Desmatamento no Cerrado

15h00 Apresentação e discussão sobre o Cadastramento de Iniciativas Sustentáveis para o Cerrado

15h15 Encaminhamentos e encerramento

15h30 Degustação de comidas típicas do Cerrado

16h00 Aula aberta

www.mma.gov.br

XIII Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas – XIII ENCOB

Inscreva-se gratuitamente no XIII Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas – XIII ENCOB e no Encontro Maranhense para Governança das Águas que ocorrerão em São Luís no período de 24 a 28 de outubro de 2011.




O evento é aberto ao público em geral, sociedade civil, poder público e usuários da água.

É de fundamental importância que tenhamos representantes das 12 bacias hidrográficas do Maranhão.

Entre no site www.encob.org e faça sua inscrição! Será uma semana de discussão sobre gestão de recursos hídricos, tendo os comitês de bacias como foco e abordagens temáticas importantes como o pacto das águas, saneamento e gestão de recursos hídricos através de relatos de experiências, mini cursos e mesa de diálogo.

A inscrição da sociedade civil do MA, onde estão disponíveis 126 vagas com o custeio do Estado.

Realizaremos 5 reuniões preparatórias para o XIII ENCOB e o Encontro Maranhense para Governança das Águas no mês de setembro, com o objetivo de mobilizar a população maranhense para estar em outubro em São Luís participando dos eventos. As reuniões serão abertas ao público, ocorrerão no período de 14:00 - 18:00 horas nas seguintes localidades:



a) Bacia Hidrográfica do Rio Itapecuru: Reunião na cidade de Itapecuru na data de 01/09/2011; Local: Auditório da Prefeitura

b) Bacia Hidrográfica do Rio Preguiças: Reunião na cidade de Barreirinhas na data de 02/09/2011; Local: Casa do Turista

c) Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba (Baixo Paranaíba): Reunião na cidade de Araioses na data de 14/09/2011; Local: Auditório do Centro Comunitário

d) Bacia Hidrográfica do Rio Munim: Reunião na cidade de Chapadinha na data de 16/09/2011; Local: Auditorio da Prefeitura

e) Bacia Hidrográfica do Rio Tocantins: Reunião na cidade de Imperatriz na data de 23/09/2011; Local: Auditorio da Prefeitura



Lembramos que o convite para as reuniões é extenso as cooperativas, sindicatos e colônias e demais usuários da água

http://www.encob.org/

MA lidera a lista dos que mais desmatam áreas de cerrado

Em um ano, mais de mil e quinhentos quilômetros quadrados de cerrado foram desmatados.

SÃO LUÍS - O Maranhão lidera o ranking de Estados brasileiros que mais desmataram as áreas de cerrado, entre os anos de 2009 e 2010. Um relatório divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente mostra o avanço da destruição, principalmente, no leste e sul do Estado.



Em apenas um ano, mais de mil e quinhentos quilômetros quadrados de cerrado foram desmatados.


Assista à reportagem da TV Mirante: http://imirante.globo.com/noticias/2011/09/14/pagina285120.shtml
 
Por: Tv Mirante
http://imirante.globo.com/

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Belágua e o agronegócio




Localização do município de Belágua/MA



                No município de Belágua, no Maranhão a gente consegue bem perceber por que o agronegócio não traz benefício algum pras comunidades. No povoado Prata dos Basílios vemos duas cenas marcantes: a propriedade de Wilson Souza, cerca de 180 ha, junto com a propriedade da associação do povoado, cerca de 350 ha está cercada por sete mil hectares contínuos de eucalipto da Margusa. Enquanto a gente vê a esplendor da variedade do cerrado na pequena parcela de área preservada, vê a monotonia do eucalipto que fustiga um ou outro pequizeiro agonizante. Pra onde vai a água?

                O cerrado é exuberante na sua vegetação, nos seus buritizais, nas suas veredas e nas suas nascentes. Um lençol rico e cobiçado pelo agronegócio, principalmente soja e eucalipto, o parasita do cerrado. As muitas nascentes, riachos que ali se desenvolvem vão alimentando o rio Preguiça que escorre exuberante desembocando nos famosos Lençóis Maranhenses, que paulistas, mineiros e estrangeiros viajam quilômetros para conhecer. Tudo está comprometido, ameaçado; a água vai secar sob a sede do eucalipto, a vegetação e a fauna perecerão sob a implacável ação dos correntões. E quando acabar, só sobrarão as raízes nefastas do eucalipto que se integrarão ao deserto dos lençóis. Que histórias vão contar, então? Que um dia ali houve um povo e um cerrado? Isso não está longe. Mas tem muita gente enriquecendo às custas do desmando, da ausência ou da morosidade dos poderes que compões nossa tão incrédula democracia.

                Uma análise da situação vexatória se constata através do resultado do ENEM 2010, onde Maranhão Piauí e Tocantins ficaram muito abaixo dos índices nacionais, foram os três piores; justo a área de cerrado onde o agronegócio se infecta como parasita sedento. Está aí o resultado.

                O Maranhão e Tocantins tiveram pontuação de 512 e Piauí de 518, os três abaixo dos 537 da média nacional. Se por um lado Uma escola particular de Teresina ficou em segundo lugar no ranking nacional, isso não foi capaz de fazer o estado chegar nem perto da média.

O Maranhão com mais de treze mil escolas conseguiu inserir apenas 555 na pontuação. O município de Belágua ficou na rabeira, ocupando a posição 545, com apenas uma escola marcando de apenas 441 pontos.

                O Brasil segue em frente, fechando os olhos para seus filhos do cerrado, como bastardos impuros, fazendo vista grossa mediantes o acordos espúrios da governabilidade deixados pelo presidente anterior, e continuado pela atual. O agronegócio, essa vil e ultrapassada forma de exploração das potencialidades naturais, segue com todo apoio de governantes e empresários irresponsáveis e gananciosos.

                Enquanto isso, Belágua lidera os piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Maranhão e do Brasil. É campeã em mortalidade infantil, em taxa de analfabetismo.
IDH
Ocupando o 7º posto entre os municípios mais pobres do estado (IDH de 0,495), Belágua abriga cerca de 5.200 excluídos sociais, 80,85% da população de 6.527 pessoas (dados do Mapa da Exclusão Social no Brasil).
Analfabetismo
Traduzindo em números vemos que de um total de 4.664 pessoas com dez anos ou mais, 1.709 não sabem ler nem escrever na cidade (36,6%).
Mortalidade Infantil
A mortalidade infantil no município também é a maior do Maranhão. Dos 30 óbitos registrados na cidade entre agosto de 2009 e julho de 2010, dez foram de crianças com menos de um ano (33,33%).
Força e coragem
Isso não falta às comunidades que enfrentam o agronegócio. Estão se organizando e defendendo suas áreas. Lutam como feras, com apenas as garras que tem. Mas Aníbal derrotou Roma, os Godos também mantiveram suas florestas, não foram expugnados. Roma não chegou à China. Wilson Souza não terá sua biblioteca queimada. A Terra não perece, seu tempo é cósmico.

Ambientalistas propõem lei para o Cerrado

Rpresentantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA), da Frente Parlamentar Ambientalista, associações de meio ambiente e ONG´s ambientais defenderam nesta quarta-feira (14/9), durante encontro na Câmara dos Deputados, em Brasília, a criação de uma lei específica para o Cerrado, em caráter emergencial, para conter a devastação do segundo maior bioma do País.



Os parlamentares ambientalistas pretendem propor uma legislação nos mesmos moldes da Lei da Mata Atântica, para que haja um marco regulatório em relação às atividades de exploração econômica no Cerrado. A região, chamada de savana brasileira, tem se destacado por apresentar atualmente a maior produção de grãos do Brasil.


As queimadas, desmatamento, mineração, exploração carvoeira, agricultura ostensiva e irrigação indevidas ameaçam as bacias hidrográficas do Cerrado, considerado berço das águas, alertou a Frente Parlamentar.

De acordo com o coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Sarney Filho (PV-MA), a contradição do processo está no fato de que o bioma é encarado por muitos apenas como fronteira de expansão agrícola, mas a produção de água desse ecossistema, que abrange pelo menos três das principais bacias brasileiras, já é avaliada em estado crítico.


Estiveram presentes ao encontro o representante do MMA, secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Roberto Vizentin; o diretor da SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani; e o deputado distrital Joe Valle (PSB-DF).


Também participaram do evento integrantes do Programa Colmeia, localizado em Barreiras (BA), que integra treze projetos de geração de rendas em comunidades tradicionais. A organização apresentou produtos elaborados a partir de matérias-primas típicas do Cerrado, como capim-dourado, palha-de-coco, algodão e sementes.
 
Por: Carine Corrêa
http://www.mma.gov.br/

A pólvora e a responsabilidade social da Suzano no Maranhão

divulgação/internet
               

Em tempos remotos, alguém descobriu a pólvora e com a pólvora as potências derrubaram muros e subjugaram povos indômitos. Em tempos recentes, alguém descobriu a responsabilidade social e com a responsabilidade social a Suzano “amarra seu bode” em todo o Maranhão.
Seria melhor que a Suzano em vez de “amarrar seu bode”, e nesse caso amarrar o bode para bom entendedor sugere que enquanto as pessoas da comunidade se maravilham pelo berreiro do animal a empresa simplesmente agarra o que lhe convém, explicite seus reais propósitos sejam eles de construir um terminal portuário na comunidade de Cajueiro ou sejam eles plantarem de forma continua hectares e mais hectares de eucalipto em todo o Maranhão.
A comunidade de Cajueiro, zona rural de São Luis, capital do Maranhão, pergunta sobre os impactos que a construção que um terminal portuário acarretará para a pesca. Em vez de responder a pergunta, os funcionários da Suzano respondem que o empreendimento beneficiará a comunidade com empregos, com a construção de equipamentos públicos e a construção de uma estrada.
Os representantes da Suzano responderam parecido para os questionamentos da sociedade civil de João Lisboa, região tocantina maranhense, no tocante a construção de um ramal rodoviário.  Para a Suzano e suas contratadas redimir os impactos socioambientais, basta levar brincadeiras de circo. As comunidades se fingem de agradecidas pelas migalhas simbólicas.
Interrogando as pessoas da comunidade de Cajueiro sobre as suas atividades econômicas, os pesquisadores se identificam como funcionários de uma empresa de consultoria sem indicar que a Suzano contratou essa empresa para um trabalho de pesquisa na comunidade. Um trabalho que ao fim e ao cabo, dentro dos interesses da empresa, descaracterizaria os entrevistados como pescadores, como comunidade tradicional e como integrantes de um processo de criação de reserva extrativista marinha.   

Por: Mayron Régis

Secretários criam fórum permanente para defesa do Cerrado

Grupo buscará espaço político junto aos governos, aos parlamentares e à sociedade civil para fortalecer a agenda ambiental. Ministra Izabella quer pauta socioambiental estratégica para desenvolvimento do bioma.


                                                               Martin Garcia/MMA
 
 
A ministra Izabella Teixeira quer a definição de uma pauta socioambiental que integre a estratégia de desenvolvimento do Cerrado. Nesta quarta-feira (15/09), em Brasília, ela instalou o Fórum de Secretários do Meio Ambiente dos Estados do Bioma Cerrado. O grupo terá como principal tarefa a busca de espaço político junto aos governos, aos parlamentares e à sociedade civil para fortalecer a agenda ambiental.


Ela lembrou que a agropecuária é a vocação econômica regional, atividade que lida diretamente com os recursos naturais. "Por isso, a política ambiental precisa ser vista como estratégica na pauta do desenvolvimento econômico dos estados que integram o Cerrado", destacou.


Representantes de nove estados participaram da reunião de abertura, que fez parte da Semana do Cerrado. A ministra propôs a definição de uma pauta que contemple o combate às queimadas, a produção e o consumo sustentável, a preservação da biodiversidade, o zoneamento ecológico-econômico, a política de resíduos sólidos e o programa da Agricultura de Baixo Carbono. "Temos que ter uma pauta sólida para as questões do bioma", disse.


De acordo com ela, o Fórum inaugura um novo patamar de interlocução com os estados, integrado aos já existentes. Na prática, o que se propõe é a revitalização do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama). Criado junto com a Política Nacional do Meio Ambiente, em 1981 e regulamentado em 1990, o sistema visa a integração e articulação da gestão ambiental dos governos federal, estadual e municipal.


O Fórum do Cerrado foi criado com base no da Amazônia, um espaço político importante na preservação da floresta. Izabella pediu aos secretários que atuem politicamente também junto às bancadas no Congresso e aos movimentos sociais, como a agricultura familiar e organizações sociais. "Temos que buscar uma pauta sólida com relação ao Cerrado", salientou. Segundo Izabella, será necessário elevar o tom político das questões ligadas à preservação do bioma para buscar conjuntamente medidas que assegurem o cumprimento das metas internacionais com relação à biodiversidade e mudanças climáticas.


A ministra lembrou que o Cerrado é prioridade para o MMA e que a sua gestão trabalha para elevar a importância do bioma na agenda ambiental brasileira ao mesmo patamar que a Mata Atlântica, por exemplo. Para isso, o ministério quer que as políticas estaduais e federais relacionadas a ele estejam em sintonia. "A participação de todos é fundamental", salientou.
 
Por: Paulenir Constâncio

Proposta de Monção(CONAMA)-Suspenção LP`s Barragens Rio Parnaíba


Considerando que o Ministério de Minas e Energia através da Portaria de nº 820 de 2010,  autorizou a Agência Nacional de Energia – ANEEL, o leilão Público no dia 17/12/2010, duas (02) hidrelétricas na Bacia do Rio Parnaíba, a seguir: hidrelétrica Estreito em Amarante/PI e São Francisco do Maranhão/MA com 56 MW; hidrelétrica de Cachoeiro em Floriano/PI e Barão de Grajaú/MA com 58 MW nos Estados do Piauí e do Maranhão, cujas Licenças Prévias, foram liberadas de forma precipitadas sem o atendimento das condicionantes, tão somente para atender o leilão da ANEEL realizado no dia 17/12/2010, pela CHESF em Recife- PE, que não foram arrematadas por empresas interessadas em virtude de serem consideradas antieconômicas, pela pouca produção de energia e muitos impactos socioambientais.

Considerando ainda que a hidrelétricas de Uruçuí/PI com 134 MW, no encontro dos Rios Parnaíba e Balsas, recebeu parecer negativo da equipe técnica do IBAMA, por ser considerada antieconômica com elevados impactos ambientais. Essas razões se aplicam também as hidrelétricas de Ribeiro Gonçalves, Floriano, Amarante e Palmerais, levando-se em consideração que nenhuma das  (05) cinco hidrelétricas programadas estão previstas nas mesmas as eclusas para garantir a navegabilidade do rio, e tão pouco a escada de subida dos peixes, para viabilizar a reprodução no período da piracema.  

         
Considerando que os atingidos por barragens e a população ribeirinha que sobrevive da agricultura familiar, serão os maiores prejudicados com a construção das citadas hidrelétricas, com elevado numero de pessoas, acima do que consta no EIA/RIMA apresentado durante as audiências públicas.

Considerando que dentro do prazo das audiências públicas, a Fundação Rio Parnaíba – FURPA apresentou contestação dos empreendimentos, através do Ofício FURPA nº 011/2010, diante da inviabilidade técnica e econômica das barragens.

Resolve:
Encaminhar moção de recomendando ao Presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA e a Ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, a suspensão das LP’s (licenças prévias) da hidrelétrica de Estreito em Amarante/PI e São Francisco/MA, da hidrelétrica de Cachoeiro em Floriano/PI e Barão do Grajaú/MA, e não liberação das LP’s (Licenças Prévias), de Ribeiro Gonçalves, Uruçui e Castelhano em Palmerais/PI, por serem antieconômicas, com impactos imprevisíveis para a Bacia do Rio Parnaíba.


Entidades Ambientalistas da Região Nordeste – Fundação Rio Parnaíba

Francisco Rodrigues Soares
FURPA/Cons. do CONAMA/NE

Comite de bacia hidrográfica do rio Munim

Chapadinha sediará no próximo de 14, no auditório da prefeitura, das 14h às 18h, uma reunião, que servirá de base para a instalação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Munim, órgão que será o regulador da pesca, da exploração de areia e seixo e do desmatamento de áreas ribeirinhas, promovido pelos pequenos produtores rurais de toda a região.

O secretário municipal de Turismo, Onézimo Garreto, disse que Chapadinha tem interesse em ser a sede do escritório do comitê e vai lutar para isso.
“O Estado está se propondo a criar dois comitês de bacias, e nós precisamos que o comitê da bacia do Munim seja criado, em razão da grande necessidade da preservação desse rio, que é importante não só para Chapadinha, mas para todos os outros municípios que os cercam, desde sua nascente em Aldeias Altas, até Icatu”, disse Onézimo.

O secretário estende o convite a toda a sociedade Chapadinhense, para que participe desta reunião do dia 14. “Essa renião será ponto balizador das decisões para a criação da Bacia Hidrográfica do Munim”, enfatizou.
No encontro em Chapadinha, estarão presentes várias autoridades, entre elas o secretário estadual do Meio Ambiente Victor Mendes, a prefeita Danúbia Carneiro e o deputado estadual Magno Bacelar.

Esta é uma das cinco reuniões promovidas pela secretaria de estado do Meio Ambiente, preparatórias para o XIII ENCOB e o Encontro Maranhense para Governança das Águas em São Luís no período de 24 a 28 de outubro de 2011, com o objetivo de mobilizar a população maranhense para participar dos eventos.

O evento, que deve reunir em São Luís, 1.200 participantes de todo o Brasil e cerca de 100 pessoas de outros países, na discussão da temática central, terá como sub-temas “A universalização do saneamento – o papel dos Comitês de Bacia” e “Água: da nascente aos centros urbanos – a importância da gestão integrada”.

No encontro de São Luis, está prevista a realização de seis cursos de capacitação, apresentação de experiências pelos Comitês de Bacias, mesas de diálogo com a participação de especialistas da área, além de eventos setoriais, como a Reunião das Redes de Organismos de Bacia.

Por: TV Mirante de Chapadinha

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Sexto Encontro de Comunidades do Baixo Parnaiba maranhense – desmatamentos em larga escala, acesso a biodiversidade e agrotóxicos.

Oficina meio ambiente durante o VI Encontro (Fórum Carajás)



Algo inadiável e inseparável os comprimia e movia-os por e para dentro dos municípios de Urbano Santos, Barreirinhas e Santa Quitéria, Baixo Parnaiba maranhense. A combinação entre as comunidades destes três municípios se acentuou por demais da conta com o passar dos dias e dos meses.
Em São Raimundo e em Mangabeirinha, município de Urbano Santos, nos Anajás dos Garcês, município de Barreirinhas, e no Pólo Coceira e no Pau Serrado, município de Santa Quitéria, aprendeu-se um montão de nomes e apreendeu-se um montão de fisionomias. Os dias e os meses de 2010 e 2011 se reajustaram a medida que as pessoas refizeram suas idéias e seus ideais ou embaralharam-nos em novos propósitos.

Traduzir esse algo em um nome ou em um movimento fracassaria, por certo. Quando se fala ou comenta-se algo a respeito do Baixo Parnaiba maranhense, pressupõe-se que a bacia hidrográfica se restrinja ao rio Parnaiba e a seus afluentes da margem esquerda. A expressão “Baixo Parnaiba maranhense” para seus moradores, ao longo de décadas, esgrimia com a própria noção de estado que as elites centrais do Maranhão defendiam como a ideal e a que seus concidadãos aceitariam de bom grado.

Num tempo em que o rio Parnaiba atraia as pessoas por seus atributos geológicos e por transportar a favor ou contra a correnteza milhares de pessoas e toneladas de mercadorias em dezenas de barcos, o que mais no imaginário coletivo contrapor-se-ia as adversidades político-econômicas a não ser o próprio rio Parnaiba, desde suas cabeceiras até a sua foz? Portanto, talvez esteja aí uma parte da explicação do por que Barreirinhas, Urbano Santos, parte de Santa Quitéria e outros municípios se espelharem tanto no rio Parnaiba.

O município de Barreirinhas, entre os dias 25 e 28 de agosto de 2011, sediou o sexto encontro de Comunidades do Baixo Parnaiba como fora definido no encontro anterior de Buriti de Inácia Vaz em 2009. A principal característica desses encontros está na universalização dos temas que interessam as comunidades em forma de palestras e oficinas.

A temática da água, com certeza, que recai sobre a temática ambiental, burila o interesse das lideranças das comunidades, entretanto a preocupação das comunidades do rio Jacu, afluente do rio Preguiça, com relação ao desmatamento das Chapadas para os plantios de eucalipto da Margusa no município de Urbano Santos não atende a preocupação das comunidades ribeirinhas que viram o seu acesso aos recursos pesqueiros de Barreirinhas ser suprimido pelos órgãos ambientais. E o que diriam as comunidades de Brejo, de Buriti de Inácia Vaz e de Santa Quitéria que pescam no rio Buriti e que consomem peixe contaminado por agrotóxicos das lavouras de soja? A temática ambiental se melindra quando, dentro dela, chocam-se temáticas como desmatamentos em larga escala, acesso a biodiversidade e agrotóxicos.  

III Assembléia da Rede Cerrado


Fórum Carajás estará representado pelo seu coordenador geral Antonio Gomes de Morais durante os dois dias da Assembleia da Rede Cerrado.

Brasília(DF), 13 e 14/09/2011

Dia 13

08h30 - Convocação (1ª chamada)
09h00 – Conferência de quórum (2ª chamada) e abertura da Assembléia
09h15 - Aprovação dos pedidos de filiação à Rede Cerrado
09h30 - Relato das atividades do período 2010-2011 (Coordenação, Central do Cerrado, Núcleo de Agroecologia do Cerrado, MOPIC e Articulação Pacari) e prestação de contas
11h00 – Mesa com parceiros da Rede Cerrado: Fundação Banco do Brasil (FBB), Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)

12h15 – Almoço

13h30 - Planejamento das atividades da Rede Cerrado 2011/2012 e Encontro e Feira dos Povos do Cerrado em 2012
16h30 - Discussão sobre posicionamento sobre PL do Código Florestal
18h00 – Encerramento 1º dia

Dia 14

08h00 - Participação no Café da Manhã da Frente Parlamentar Ambientalista em comemoração ao Dia do Cerrado
10h30 – Discussão sobre participação nas atividades da Rio+20

12h – Almoço

13h30 – Pactuação sobre procedimentos de participação e representação
15h00 - Relatos dos representantes da Rede Cerrado em colegiados de políticas públicas
17h00 - Informes gerais
17h30 – Encerramento

redecerrado.blogspot.com

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Reunião de Avaliação VI Encontro de Comunidades do Baixo Parnaíba Maranhense

dia 14/09/20011 em Barreirinhas/MA  ocorrerá reunião para avaliação do VI Encontro de Comunidades do Baixo Parnaíba Maranhense. Entidades, movimentos, comunidades e a coordenação organizadora  farão uma rodada de avaliação e de discussão sobre os objetivos e metas do Encontro, além do fechamento dos documentos, relatórios e a prestação de contas.

Por: Edmilson Pinheiro
http://www.forumcarajas.org.br/

Máfia do Carvão no sul do Piaui


Crimes com aval da SEMAR

Os ambientalistas comemoram o desfecho das últimas investigações sobre crimes ambientais que ocorrem no Sul do Estado, que resultou no desmonte da cadeia produtiva do carvão, responsável por alimentar parte das Siderúrgicas de Minas Gerais e na descoberta de um esquema criminoso e gigantesco para devastar o Cerrado e a Caatinga com a colaboração de servidores da Secretaria Estadual de Meio Ambiente- SEMAR e IBAMA.
Um dos crimes foi à grilagem de 114 mil hectares na região, a coincidência é o tamanho da área, o mesmo da Serra Vermelha, onde a empresa JB Carbon vinha produzindo carvão da Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica com licença ambiental fornecida pelo o IBAMA e SEMAR. A polícia descobriu ainda outros casos, entre eles, títulos de terras fraudulentas que eram fornecidos pelos cartórios de Avelino Lopes, Riacho Frio, Parnaguá, Morro Cabeça no Tempo e Curimatá.
Outro inquérito da Polícia Federal do Piauí-PF revela como os elementos envolvidos no esquema desenvolviam o trabalho. Conversa gravada entre empresários e atravessadores mostram que o plano para conseguir terras griladas e licenças ambientais de desmatamento envolvia mais de três milhões em apenas uma negociata. Destes, pelo menos um milhão era destinado a pagar propina nos órgãos públicos, cartórios e magistrados.


Máfia do Carvão
Também já começou a desabar um dos braços fortes da máfia do carvão ilegal destinado as Siderúrgicas mineiras. A polícia e o Ministério Pública da Bahia descobriram que o Piauí, assim como outros estados Nordestinos fazia parte do sistema de compra e venda de carvão vegetal, oriundo da Caatinga e do Cerrado. No último dia 8, o Jornal o Globo divulgou a operação denominada Corcel Negro 2, revelando que o MP e a PF conseguiram desarticular a quadrilha prendendo 36 integrantes.
Segundo o Ministério Público, a quadrilha agia há pelo menos três anos e contava com várias células criminosas, entre elas, algumas atuavam no Piauí. O esquema funcionava de várias formas, entre elas, a exploração de pequenos produtores por atravessadores que incentivam a produção de carvão e o adquiriam por 20% do preço de mercado. Em seguida, eles saiam com a carga portando notas fiscais e o Documento de Origem Florestal-DOFs, falsos. Outra maneira era a venda de terras públicas fraudulentas somente para produção de carvão.
O relatório da PF do Piauí mostra que um dos membros da quadrilha negociou uma área de 800 hectares em Parnaguá, por 200 mil reais e a transformou em 2 mil hectares somente para produzir carvão da mata nativa. Na conversa interceptada pela polícia, o atravessador diz que a licença ambiental para o desmatamento ele pegaria na SEMAR.