O Programa Territórios Livres do Baixo Parnaíba (Comunidades do Baixo Parnaíba e Fórum Carajás)
quarta-feira, 2 de novembro de 2022
Região dos Cocais uma perspectiva
A região de Caxias é uma região de tansição de Cerrado floresta amazonica caatinga e mata de cocais. Dá se uma forte presença de babaçuais e por isso essa região e muito conhecida pelo nome região dos Cocais. É bom comentar a importancia do coco babaçu para a economia local e para a economia das comunidades de zona rural. Do coco babaçu, obtem-se varios sub produtos como o azeite e o mesocarpo que é uma farinha bastante nutritiva. São ass comunidades tradicionais e quilombolas que manejam os babaçuais e principalmetne as mulheres negras pobres. É bastante comum escutar-se que uma mulher foi ou mais de uma mulher foram com os filhos quebrar coco babaçu e assim retirar o azeite de coco babaçu a fim de vender nos comercios locais ou consumir em suas casas. Essa riqueza e incalculavel como qualquer riqueza advinda da floresta. Não se tem dados precisos do tamanho dos babaçuais no Maranhão e essa riqueza esta sendo dizimada pelo avanço do agronegocio da soja que vem se instalando na região já algum tempo através da articulação de empresários paraguaios com proprrietários de terra e grileiros que agem de maneira livre por todo o territorio. Suspeita-se que tem angu nesse caroço ou que por debaixo do discuro da soja esteja o discurso do trakking que é a extração do gás de chisto. Abriram um poço experimental na comunidade de Curicas, municiio de Caxias. A comunidade de Curicas começou a se organizar para requerer a posse do territorio com auxilio do seu Edvaldo, liderança da comunidade quilombola de Jacarezinho, territorio com mais de cinco mil hectares cujo processo de regularização encontra-se mais adiantado comparado com outras comunidades. O seu Edvaldo auxiliava não so Curicas como tambem a comunidade de Bom Descanso. No final de abril, seu Edvaldo foi assassinado e passados seis meses as investigaçõe não revelaram os mandantes. Os mandantes são desconhecidos mas os motivos se entrelaçam com as ações do seu Edvaldo em prol das comunidades e contra os desmatamentos tanto isso e verdade que dias depois do assassinato um grileiro usando uma licença ambiental e uma decisão judicial começou a desmatar areas de babaçuais de Jacarezinho e ao desmatarem os babaçuais aterravam o igarapé da comunidade. Por conta de várias mobilizações, a licença ambiental foi suspensa pela secretaria de meio ambiente do estado do Mranhão. No entanto, outras comunidades da região de Caxias estão em situaçao pior que Jacarezinho por não terem apoio politico e assessoria juridica pois o numero de comunidades quilombolas reconhecidas e por reconhecer chegam a quase cem e cada comunidade quilombola compreende uma area territorial de no minimo mil hectares de floresta e areas agriculturavei. A agricultura é uma questão ainda nao devidamente debatida quando o assunto e avanço do agronegocio/traking. Na area desmatada em Jacarezinho os quilombolas plantavam mandioca e outras culturas como feijão. Se o desmatamento não tivssse sido impedido essas pessoas ficariam sem roça e a farinha junto com o babaçu e outras culturas, é uma das bases da agricultura familiar. Sem area para plantar mandioca os quilombolas deixam de fazer aquilo que vinham fazendo por seculos. A farinha e o babaçu garantiram a sobrevivencia dessas comunidades que viviam sem qualquer apoio governamental. Dentre tantos desafios e obstaculos é necessario espaços de articulação e dialogo para as comunidades quilombolas e tradicionais poderem agregar conhecimento e informação sobre o que lhes espera.
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