O Programa Territórios Livres do Baixo Parnaíba (Comunidades do Baixo Parnaíba e Fórum Carajás)
sábado, 2 de julho de 2022
o escritor e os seus problemas
O escritor não escreve só porque e preciso, porque sente falta ou qualquer razão que emane individualidade. Ele escreve para se deparar com as circunstancias e com as forças que movem e que escavam a realidade da sociedade onde se insere. O critico literario Luis Augusto Fischer em seu livro “A ideologia modernista: a semana de 22 e sua consagração” em que analisa autores e momentos que sendimentaram o pensamento modernista no começo do seculo XX. Pela sua analise e de outros autores, o pensamento e a escrita modernista escondem um forte idealismo. Como se fosse possivel mudar a realidade contando apenas com o conhecimento e a instrução. Luis Augusto Fischer cita um trecho escrito por Sergio Buarque de Holanda em que este critica o romantismo do seculo XIX :”Tornando possivel construir um mundo fora do mundo, o amor as leras não tardou a instituir um derivativo comodo para o horror a nssa realidade cotidiana.” Fischer pergunta se seria possivel a um escritor romantico do seculo XIX fazer algo difirente. A critica de Sergio Buarque e de outros modernistas feitas aos movimentos literarios anteriores ao modernismo procede mas e insuficiente por problematizar o escritor e não problematizar a realidade e a sociedade. Os romanticos escreviam para uma sociedade cuja economia e vida social se baseavam na escravidão no latifundio e na monocultura. Imagine que no estado do Maranhão crianças e adultos sabem ler e não sabem escrever. Como elas se expressam e para quem elas se expressam já que não escrevem e nem tem onde escrever? Num estado do Maranhão escrever virou um problema bem maior que ler.
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