O Programa Territórios Livres do Baixo Parnaíba (Comunidades do Baixo Parnaíba e Fórum Carajás)
segunda-feira, 18 de julho de 2022
Maranhão de estado das micaretas para estado do agronegocio picareta
De que mundo se está falando? Os desmatamentos na Chapada que liga o municipio de Chapadinha ao municipio de Afonso Cunha se resumia a um desmatamento na região da Santa Fé povoado de Chapadinha que beira Afonso Cunha. Os desmatamentos corroem as Chapadas pelo meio porque justamente ninguem detem a posse do meio. É mais comum que os agricultores famiiares detenham a posse da parte da Chapada mais proxima dos baixões. A predileção por essas partes da chapada decorrem da proximidade de suas propriedades que se firmaram nas partes baixas coladas aos rios. Para uma regra, há sempre uma exceção ou mais de uma exceção. A comunidade de Vila Borges, assentamento do Incra, detem a posse de uma área imensa de Chapada recheada de bacuris no municipio de Chapadinha. Essa posse nunca foi contestada a não ser pelos antigos proprietários da Vila Borges os Lyra que gostariam de vender a Chapada para os plantadores de soja. Os lyra humilharam muito a Vila Borges antes de sua desapropriação via decreto em 2001. Os mais pobres serem humilhados pelos faendeiros era uma norma que com o passar do tempo as comunidades comelaram a mudar graças a politicas publicas. A Vila Borges e as demais comunidades mantinham preservada a Chapada frente ao avanço da soja sobre o Baixo Parnaiba. Tinha um problema, as comunidades detinham a posse só que nem o Incra e nem o Iterma regularizaram a Chapada em nome das comunidades. Os orgãos fundiários não atuaram em favor das comunidades e mais recentemente se descobriu porquê. O Incra desafetou uma parte da Chapada do assentamento da Vila Borges. Essa área desafetada é a área que um grileiro de São Paulo desmata com licença ambiental dada pela Sema. O Incra ao desafetar ou retirar a área da área do asentamento possibilitou que o senhor Gustavo Barros conseugisse registra-la no nome da sua empresa GMB Investimentos. Essa parte da culpa é do Incra. A parte da culpa do Iterma é que o orgão fundiario do governo do Maranhão não regulariza as terras devolutas para as comunidades tradicionais e quilombolas. O iterma regulariza para individuos porque é mais facil o agroengocio negociar essas áreas. E por fim a culpa da sema. Acaba sendo redundante. A secretaria de meio ambiente do maranhão se escuda para qualquer critica e para qualquer tipo de denuncia. Pior do que isso a secretaria de meio ambiente que deveria preservar o meio ambiente se esforça para destui-lo como se ve na licença dada a GMB Investimentos empresa que mescla picaretagem e pilantragem. O Maranhão já foi estado das micaretas e virou o estado dos picaretas.
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