O Programa Territórios Livres do Baixo Parnaíba (Comunidades do Baixo Parnaíba e Fórum Carajás)
quarta-feira, 6 de abril de 2022
Vontade de comer camarão
Compreender o todo pelas partes. Edmilson Pinheiro, super secretário municipal em Bequimão, indaga que árvore imensa floria naquele terreno em frente de onde se sentavam. Eles se sentavam em cadeiras em cadeiras de plástico oferecidas pelos moradores da comunidade quilombola de Suassim, município de Bequimão. Floria ou era impressão? “O nome dessa árvore é o Angelim e tem por tudo que é lado da comunidade. Os morcegos adoram a fruta dessa árvore que não é comestível para o s seres humanos”, respondeu um dos quilombolas reunidos. Tinha-se a impressão que ele floria pelas cores amarelas que dominavam a copa da árvore, mas erram simplesmente folhas novas que dariam lugar as flores. O Luciano, membro do Movimento Quilombola de Bequimão, agarrou a discussão para si: “Debaixo das raízes dos Angelins é danado para dar muita água. No terreno do meu pai, cavou-se quatro metros e água jorrou.” Os quilombolas de Suassim ouviram incrédulos aquela noticia. “Aqui pode cavar o tanto que for que não dá agua”, disseram. E o povo de Suassim carece de poço de água potável e de rede de distribuição de água. Quase que aquela reunião não rolara. Os quilombolas haviam despachado na noite anterior devido a ausência do tio Venâncio, principal liderança e sabedor de todas as historias da comunidade, e a situação das estradas que ligavam a sede a comunidade. O inverno de 2022 de tão intenso sangrava tudo que era olho dagua e transbordava tudo que era rio. O rio que passava nos fundos da comunidade se chamava Raimundo sul e os quilombolas se v aliam dele para sair do seu território antes de haver estrada. O rio não é mais a principal via de acesso a comunidade. Ele continua sendo a principal fonte de geração de renda para a comunidade. O pessoal de fora queria porque queria comer camarão e cobravam uma promessa que os quilombolas de Suassim fizeram numa visita anterior de presentear Janaina, funcionária da Secretaria de Igualdade Racial de Bequimão, com um quilo. As chuvas esfriaram a água do rio e os camarões preferem água mais morna então a pesca deles diminuiu, explicou um dos moradores. Com um pouco de sorte, apareceu um rapaz carregando três quilos de camarão que venderia a um senhor. O Edmilson o interceptou no meio do caminho e comprou os camarões. Juntou-se a vontade vender do morador com a vontade de comprar do super secretario.. r
Nenhum comentário:
Postar um comentário