O Programa Territórios Livres do Baixo Parnaíba (Comunidades do Baixo Parnaíba e Fórum Carajás)
sexta-feira, 11 de setembro de 2020
Dança de São Gonçalo
Deve se conhecer algo ou alguém em seu intimo ou em seu interior, mas nem sempre o ato de conhecer se desenrola do jeito desejado. O conhecimento, portanto, requer uma disciplina que poe a prova aquele que o deseja. Por si só, o conhecimento não leva a lugar algum. Ele é um fim em si mesmo. O que mudaria na pessoa, no seu intimo, caso ela viesse a obter informação que no município de Matinha, baixada maranhene, pode ser verificado a brincadeira do São Gonçalo? Em um momento da oficina de Culinaria, no povoado quilombola de Graça, a dona Ciria, cujo nome remete de imediato ao pais Siria, visualizava junto com outras quilombolas um vídeo de uma dança gravado em outro povoado. A dona Ciria foi inquirida em primeiro momento se um aparelho tocava a musica ou se músicos a tocavam. “Olha o rapaz com a rabeca”, ela respondeu. Quem a inquiriu desconfiava ligeiramente o que ela responderia. Ele voltou a carga na inquiração: “De que dança se trata?”. “Trata-se da dança de São Gonçalo numa comunidade bem distante de Matinha”, ela comentou. Ele conhecia a dança de São Gonçalo de outros locais como Urbano Santos e Morros, municípios que mantinham relação direta com o litoral maranhense através do consumo de peixe pescado em alto mar. Muita gente desconhece essa dança pois ela não desperta interesses comerciais e estéticos da parte do publico consumidor diferente do que acontece às brincadeiras de bumba meu boi em boa parte do Maranhão.
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