Deu se conta que escrevia com a mente e os olhos
direcionados ao futuro, mas com o coração e os pés voltados para o passado. O
presente, portanto, é a espinha dorsal que equilibra as palavras no vai e vem
da narrativa. Um descuido qualquer ou uma passagem do tempo equivocada as
palavras se desformam de tal forma que não serão mais vistas e nem lidas. Só o uso do tempo verbal correto possibilita que as
palavras não caiam vazias e petrificadas no rio ou na vala da existência comum que
é o destino de todos e de todas, mas que pode ser evitado por um bom tempo. A que tempo ou tempos ele se referia? Ele começou o texto tratando das divisões máximas do tempo (passado, presente e futuro). Discorreu a respeito do tempo que perpassa a narrativa e as palavras. O tempo de uma se infiltra na outra. Por fim, ele encerrou com o tempo humano que gostaria de contornar ou evitar o destino que se proclama inevitável.
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