O Programa Territórios Livres do Baixo Parnaíba (Comunidades do Baixo Parnaíba e Fórum Carajás)
sábado, 15 de fevereiro de 2020
ORDENS DE DESPEJO NO MARANHÃO
Depois de alguns dias fora de casa, você não deseja e nem pensa em muita coisa. A não ser se desligar e, caso seja possível, desligar o mundo. As duas tarefas são difíceis para não escrever impossíveis. O mundo (ou os problemas do mundo) ao redor te cerca para que reduza as possibilidades de escapatória. Mesmo no subconsciente, a pessoa cede algum espaço ou muitos espaços ao mundo (ou aos problemas do mundo). Por alguma razão. A religião, a fé em algo, que transcende a historia da religião, o bom mocismo, a irreverencia e etc. “Escuta só”, começa. “Diz”. “Ficaste sabendo da ultima decisão judicial referente ao caso de Santa Rosa, em Urbano Santos? ” perguntou. “ Não fiquei sabendo. ” ” O juiz deu uma ordem de despejo para a comunidade deixar a área em um mês. ” “ Creio eu que se deve ao fato do advogado do STTR não ter apresentado as alegações no prazo. “ A comunidade de Santa Rosa Bacabal desde 2015 enfrenta a família Garreto em um processo judicial. A justiça em 2015 concedeu um interdito proibitório favorável a comunidade porque os Garreto ameaçavam os moradores como forma de expulsa-los da terra no intuito de vende-la na época para a Suzano Papel e Celulose. Contrataram pistoleiros que pretendiam explodir a comunidade. Passados alguns anos, uma juíza recém-chegada a comarca suspende o interdito e decide que a comunidade deve ser sacada da terra onde moram. Incrivel como os juízes decidem assim na boa sem se atentarem para o histórico do processo. O mesmo juiz de Urbano Santos num processo de litigio envolvendo a comunidade quilombola de Guarimã, município de São Benedito do Rio Preto, e uma plantadora de soja em sua decisão mais recente não reconhece a comunidade enquanto quilombola. E para finalizar o juiz recém nomeado para a comarca de Caxias da uma decisão de despejo favorável a empresa de cana de açúcar Costa Pinto de Codo contra comunidade de Gostoso, município de Aldeias Altas. A alegação é de que a comunidade invadiu a terra sendo que ela vive em gostoso faz mais de vinte anos
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