Ministério Público denuncia lavagem de dinheiro e crime organizado. Direitos humanos
são sistematicamente violados. Download disponível dia 18 de dezembro.
O Brasil detém a marca de maior produtor mundial de celulose branqueada. As unidades
industriais estão distribuídas entre o norte do Espírito Santo e o sul da Bahia.
Nessa região, segundo dados levantados pela pesquisa O FALSO VERDE, as empresas de
celulose estão ligadas a diversos crimes, dentre eles lavagem de dinheiro, fraude,
corrupção, sonegação de impostos e crimes ambientais e trabalhistas.
O principal controlador das empresas envolvidas com os problemas é o BNDES, seguido
por Votorantim e Fibria. O banco aumentou a injeção de recursos no setor em 2009, em
decorrência da crise internacional. Hoje, é o principal investidor em celulose no
mundo.
A pesquisa, liderada pelo jornalista Marques Casara, mostra o passo a passo das
fraudes e dos crimes tributários, ambientais e trabalhistas ligados à cadeia
produtiva da celulose.
Mostra também como as empresas da região falsificaram documentos e se uniram a
oficiais do Exército para expulsar moradores que habitavam a região.
A pesquisa é uma iniciativa do Instituto Observatório Social e da Papel Social
Comunicação. A íntegra do documento estará disponível para download a partir do dia
18 de dezembro, no site das duas organizações.
O responsável pelo estudo, o jornalista Marques Casara, atua em pesquisas de cadeias
produtivas desde 2002, quando identificou a existência de trabalho escravo na
produção do aço brasileiro. Desde então, publicou diversos estudos sobre problemas
socioambientais nas cadeias produtivas da siderurgia, da mineração, da madeira e do
vestuário. Casara foi duas vezes agraciado com o Prêmio Esso de Jornalismo e outras
duas com o prêmio Vladimir Herzog.
O Programa Territórios Livres do Baixo Parnaíba (Comunidades do Baixo Parnaíba e Fórum Carajás)
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