A Reunião Regional da SBPC realizada em Chapadinha (MA), a 275 km de São Luís, encerrou ontem (24) com 739
inscritos. Com o tema central “Sociedade e Agricultura Familiar”, o evento -
que representa a preparação para a 64ª Reunião Anual, que será realizada na capital do Maranhão de
22 a 27 de julho - superou as expectativas da secretária-geral da SBPC, Rute
Andrade, que não esperava ver todos os eventos com sua capacidade lotada.
A maioria dos inscritos ao evento, realizado na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), no Campus de Chapadinha, era estudantes do ensino superior, correspondente a 324 da totalidade, e do ensino médio ou profissionalizante, com 202 do total. O restante se dividiu entre professores do ensino superior e da educação básica, profissionais diversos e outros. Estiveram presentes ao evento pessoas do próprio estado do Maranhão, de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba e Pará. A secretária-geral da SBPC chamou a atenção para o surpreendente número de pessoas que lotou as salas dos 22 minicursos promovidos no decorrer do evento e o auditório da universidade, onde foram realizadas as conferências e mesas redondas. Outro fator positivo observado pela secretária foi a circulação de crianças, adolescentes, adultos e da terceira idade que frequentaram a universidade, numa oportunidade ofertada pela Reunião Regional e a Universidade. A maioria do público presente era da cidade de Chapadinha, com 455 do total. O restante proveniente de 24 cidades, com destaque para o município vizinho, Anapurus, com 46 da totalidade. A cidade de Chapadinha está entre as cidades com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com taxa de 0,588, e tem a agricultura familiar e o comércio como as principais atividades econômicas. Mais recentemente, o plantio da soja começou a migrar de outras regiões do País, principalmente da região Sul, para a cidade, em decorrência de suas condições climáticas favoráveis ao cultivo desse grão, fator que vem preocupando pesquisadores e acadêmicos por ameaçar o meio-ambiente, as culturas agrícolas tradicionais, como o babaçu, e agricultura familiar. Desde 2003, a produção de soja na região cresceu mais de 90%, segundo pesquisadores. A última palestra realizada na Reunião Regional em Chapadinha, ontem, teve como tema exatamente “Os impactos do agronegócio na região do Baixo Parnaíba”, ministrada pelo pesquisador da Embrapa, Milton José Cardoso; por Alberício Pereira de Andrade da Universidade Federal de Paraíba (UFPB) e pelo representante do INCRA, José Inácio Sodré Rodrigues. O Baixo Parnaíba é composto de 16 cidades maranhenses, dentre as quais está Chapadinha. Antes disso, no dia anterior, o coordenador de grupo de trabalho que estuda o Código Florestal da SBPC, José Antonio Aleixo, havia recomendado a presidente Dilma Roussef considerar as ponderações científicas no texto do Código Florestal recém-aprovado na Câmara dos Deputados. Na ocasião, ele ministrou a conferência sob o tema: “Avanços e retrocessos no Código Florestal Brasileiro”. Por: Viviane Monteiro – Jornal da Ciência
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O Programa Territórios Livres do Baixo Parnaíba (Comunidades do Baixo Parnaíba e Fórum Carajás)
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