Oscar Sanchez fala de sua trajetória e das perspectivas para a cooperação com o Brasil
O novo oficial do programa Direito a Terra Água e Território da aliança Icco no Brasil(PDTAT - Icco), Oscar Sánchez Tapia vem ao país para conhecer e conversar com as instituições apoiadas pela cooperação. Oscar será o responsável no Escritório Regional da ICCO em La Paz, pelo DTAT (Brasil) e pelo Programa Gran Chaco (Argentina, Paraguai e Bolívia), na área temática de Democratização e Construção da Paz.
O novo oficial do programa Direito a Terra Água e Território (DTAT), Oscar Sánchez Tapia, 41 anos, traz no currículo a experiência de 15 anos dedicados a cooperação internacional no tema do desenvolvimento. Antropólogo de formação, já assessorou o processo de fortalecimento de diversas instituições indígenas nas suas lutas por terra e território, a exemplo das experiências com Lomerío en La Chiquitanía e Emberá Wounaan. Nascido na Bolívia, Oscar já trabalhou com organizações indígenas na Bolívia e no Panamá e com a cooperação internacional em SNU (Holandesa) e Heifer (Bolívia). Será responsável no Escritório Regional da ICCO em La Paz, pelo DTAT (Brasil) e pelo Programa Gran Chaco (Argentina, Paraguai e Bolívia), na área temática de Democratização e Construção da Paz.
Essa viagem de Oscar e Lies Kiebom, ex-oficial do programa no escritório ICCO na Holanda, faz parte do repasse das responsabilidades de acompanhamento dos Programas da Região América do Sul para o escritório regional. Eles estiveram reunidos com 13 organizações brasileiras que executam o Programa DTAT para conhecer suas temáticas prioritárias e os resultados impulsionados com recursos do Programa.
Ainda em fase de transição, Oscar já se sente estimulado para aprofundar a compreensão da realidade brasileira. Em visita a projetos, disse se impressionar com o trabalho do Movimento Sem Terra (MST). “Pra mim foi muito importante constatar de perto o trabalho que essa gente faz”, declara.
Oscar destaca também a força do trabalho institucional da CESE pela sua capacidade de articulação e discussão política. “Percebo que a CESE tem uma visão integrada da conjuntura e dos problemas. Não se percebe isso em todos os países e organizações”, afirma otimista.
Quando projeta o futuro da cooperação e da relação com o Brasil, Oscar dá uma pausa e com um sorriso esperançoso fala da capacidade econômica brasileira ao apontar o país como próxima potência mundial. Mas completa: “Sabemos das desigualdades que persistem e da necessidade de avanços na luta por direitos no Brasil e que a cooperação internacional cumpre um papel importante, mas é importante reconhecer que a tendência é de diminuição de investimentos”.
Sobre o DTAT
O Programa DTAT articula a Aliança ICCO e 13 parceiras no Brasil na promoção e defesa de direitos a terra, água e território de camponeses, agricultores familiares, populações tradicionais e povos indígenas. São elas: Centro de Cultura Negra do Maranhão; Centro de Estudos Bíblicos; CESE; Comissão Pró-Índio de São Paulo; Fórum Carajás; GAJOP; ICCO; Instituto Socioambiental; Movimento Sem Terra; Plataforma Dhesca; Rede Social de Justiça e Direitos Humanos; Sociedade Maranhense de Direitos Humanos; Terramar; Malungu.
Por: CESE
http://www.cese.org.br/
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