Da Agência Assembleia
O deputado Domingos Paz (PSB) denunciou, nesta quinta-feira (20), no plenário da Assembleia Legislativa, o despejo de comunidades rurais em Barreirinhas e Urbanos Santos. Ele ressalta que o despejo autorizado por liminar da Justiça foi realizado com violência que resultou na queimada e na derrubadas das casas.
O deputado disse ter recebido a informação do caso quando visitou Barreirinhas e conversou com representantes das comunidades rurais deAnajá, Armazém, Baixa D’Água, Barra do Sítio, Barra do Sítio I, Barra do Sítio III, Cancela, Cigano, Jaboti, Jaboti II, Jurubeba I, Jurubeba II, Mangueira, Paulo Serrado, Rio Grande dos Lopes, Santa Rosa e Tabocas.
Ele explicou que estas comunidades situam-se na fronteira entre os municípios de Barreirinhas e Urbano Santos onde instalou-se uma pessoa interessada em plantar soja na região. “O Senhor André Xavier, um gaúcho dono de uma propriedade de mil e tantos hectares no município de Urbano Santos. Em determinado momento, ele alega que a propriedade dele estava sendo invadida por agricultores e entra com a reintegração de posse que é concedida”, relatou o deputado.
Além desse caso, o parlamentar denunciou outro processo de grilagem. Ele disse tratar-se de uma área comprada por outro gaúcho, dentro de um assentamento do Instituto de Colonização e Terra Maranhão (Iterma) de mais de dois mil hectares de terras. “E o pior que eu escutei, não quero aqui nominar, pois eu zelo muito pela imagem das pessoas, mas que há um comprometimento de pessoas ligadas aos órgãos de terras do Maranhão, principalmente do Iterma”, relatou.
Domingos Paz informou ainda que na próxima semana está marcada uma audiência com a presidência do Instituto, onde serão repassadas as denúncias. "Quero que seja encaminhado pela Mesa Diretora uma comunicação desta denúncia à presidência do Iterma, para que sejam tomadas as devidas providências no sentido de proteger aquelas comunidades contra a grilagem. Não interessa se a Associação, se membros da Associação estão coniventes, o que interessa é que aquela terra é pública, é um assentamento”, reclamou.
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