sexta-feira, 6 de março de 2015

Safra 2014/15: Em Balsas (MA), colheita da soja chega a 10% e produtividade média está em torno de 40 scs/ha

No estado do Maranhão, os produtores iniciaram a colheita da soja da safra 2014/15, mas os trabalhos nos campos deverão ganhar ritmo nos próximos dias. Na região de Balsas, pouco mais de 10% da área cultivada foi colhida e já é possível ver os reflexos da estiagem no rendimento das lavouras, que estão ao redor de 40 sacas por hectare. Em Chapadinha, a colheita do grão ainda não teve início.
Segundo o presidente da Aprosoja MA, Isaías Soldatelli, a expectativa dos produtores da localidade era colher em torno de 54 sacas de soja por hectare. Porém, com o atraso na semeadura, aliado à estiagem, a média do estado deverá ficar próxima de 44 sacas do grão por hectare. Além disso, as pragas também elevaram os custos de produção nessa temporada.
Frente ao clima mais seco, as plantações foram atacadas, especialmente pela mosca branca e a falsa medideira. “Também tivemos alguns problemas com a Helicoverpa, gerando danos. Com isso, tivemos um impacto nos custos de produção, que ficaram mais altos nessa safra”, destaca o presidente da associação.
Preços
Enquanto isso, os preços da saca da oleaginosa giram em torno de R$ 57,00 a R$ 58,00 na localidade. E, até o momento, cerca de 70% da produção de soja foi comercializada antecipadamente. “Ainda assim, esse é um ano bem complicado ao produtor, que deve estar atento para realizar os negócios”, destaca Soldatelli.
Safrinha de milho
Como consequência do atraso do plantio da safra de verão, a perspectiva é de uma redução ao redor de 35% na área destinada ao milho na segunda safra. Os investimentos também deverão ser menores nesta temporada, principalmente em adubação. Cenário bem diferente do observado na safra passada, quando a produtividade média ficou em 90 sacas do cereal por hectare.
“Isso é ruim para a região, pois os produtores não terão renda. E o plantio que deveria ser finalizado na próxima semana, deverá ser estendido até o dia 25 de março. No caso do cereal, temos os negócios mais lentos, com poucas propostas”, explica o presidente.
Câmbio
Em relação à forte valorização do câmbio, o presidente sinaliza que, essa é uma preocupação dos produtores. “A orientação é que o agricultor capte recursos e trave os custos em dólar para não ficar exposto ao risco”, acredita.
Fonte: Notícias Agrícolas

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